sexta-feira, 18 de setembro de 2015

[Indicação Wattpad] + Resenha [livro] - Diário de uma escrava

Oi, pessoinhas!

Seguindo nosso caminho cultural mais leve, sem desespero de prazos, venho compartilhar com vocês minha franca opinião sobre um livro que está bombando no Wattpad. Saiba mais sobre a plataforma AQUI.

A indicação da vez é para o fodástico Diário de uma Escrava, da autora mais que parceira Rô Mierling.

Vamos conferir? Sinopse:


Uma menina, um homem e muitas vidas afetadas pela psicopatia. Um livro tenso, cruel e verdadeiro. Desaconselhável para pessoas frágeis. Uma história baseada em fatos reais. Um drama verdadeiro que pode estar acontecendo nesse exato momento em muitos lugares do mundo, inclusive na casa ao lado da sua. Uma menina, um buraco, um senhor, uma escrava e uma vida inteira destruída pela psicopatia de um homem. Esse livro está registrado na Biblioteca Nacional e é protegido pela Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Partiu resenha? Pode acontecer de aparecer alguns spoilers, mas juro que é de leve...

A primeira coisa que vocês precisam saber é: esta obra não foi oficialmente publicada nem em formato físico, nem digital. No entanto, lá no Wattpad, já conta com mais de um milhão de leituras. Tanto na versão em português, como na em inglês. Também permaneceu em 1º lugar no gênero mistério por mais de 6 meses!

É uma obra de ficção, dramática, baseada em casos reais de sequestro, estupro e escravidão sexual. Conta, em detalhes sórdidos e horrorizantes, pelos olhos da vítima, o que é estar subjugada a um psicopata sexual, presa em um buraco sob o piso de um sítio. Esse não é um livro engraçadinho, que te diverte, te distrai ou com final feliz. Este livro é um alerta

As capas das versões em português e em inglês dizem bem ao que o livro veio. Bem feitas, bem estruturadas. O título do livro explica muito sem contar nada do que está em suas páginas. O leitor precisa submergir.

Logo no início, a autora nos avisa que a versão disponível ainda não foi revisada, portanto podem aparecer erros de português e pontuação, o que realmente ocorre, porém nada escandaloso.

Laura foi sequestrada perto de casa. Cinco anos depois, ela continua presa no buraco ao qual foi largada, ganhando um banho uma vez por semana, sendo torturada e estuprada todos os dias. Seu sequestrador sabe exatamente o que faz, apesar de se esconder (talvez de si mesmo) atrás de desculpas de amor e carinho.


O enredo passa do confinamento às tentativas de fuga, à mudança de residência, aos novos sequestros de novas vítimas e culmina com a Síndrome de Estocolmo, onde a vítima passa a ver seu sequestrador como única pessoa bondosa e amável no mundo, pois seus familiares já esqueceram de você. Mostra a transformação da vida de Laura, e também em seu interior, que muda de uma forma inimaginável em busca de uma única maneira de sobreviver.

Os personagens são bem embasados, tão reais que poderíamos tocá-los. Até mesmo o policial encarregado de perseguir o maníaco é destituído do embelezamento literário. Todos os personagens são crus, e porque não, cruéis. São feios de espírito: por natureza, pelo trabalho ou pela força.

Eu sou fã de livros de suspense e terror. Terror psicológico, especialmente. O que atrai é o pensamento fixo: como alguém pode ser desse jeito, fazer essas coisas? O terror que parte de dentro do ser humano. É cruel, é triste. E, enquanto houver humanos no mundo, será uma obra real. Essa é a beleza dela.

Por tudo, é uma leitura fluida, que desencadeia sua perplexidade e vontade de ler até o final. Final este que não se encontra disponibilizado no momento, pois a autora aguarda contratos de publicação. Na época de seu aniversário, final de julho, o final do livro ficou on-line. Foi um final inesperado, que fez muitos fãs odiarem a autora. E a mim? A aplaudir sua iniciativa de não romantizar um tema tão polêmico.

<< Para ler a obra no Wattpad (incompleta), clique na imagem.




Curta a página do livro no Facebook e se mantenha conectado a todas as informações pertinentes. >>



Sobre a autora:

Rô Mierling é o pseudônimo de Rosana Erbe de Freitas, gaúcha, atuando como pesquisadora, escritora e revisora literária há mais de dez anos. Leitora ávida e dinâmica desde seus nove anos, mantém uma biblioteca particular com mais de dois mil títulos: sua grande paixão. Atualmente, como escritora independente, está lançando o livro Contos e Crônicas do Absurdo e Antologia Amor e Morte, além de participar de várias coletâneas e antologias de diversas editoras. Divide seu tempo entre o litoral de Santa Catarina e Buenos Aires – Argentina, onde gosta de passar certos meses do ano trabalhando e observando uma nova cultura para captar novas ideias para seus escritos. Coordenadora do selo Antologias Brasileiras da Editora Illuminare.

Entre em contato com a autora em suas redes sociais:


 

Outras obras da autora:



- Contos e Crônicas do Absurdo. Lançamento em dezembro/2014. Editora Multifoco.

- Íntimo e Pessoal. Lançamento em julho/2014. Clube dos Autores.

- Quando as Luzes se Apagam. Lançamento em novembro/2014. Editora Incógnita – Portugal.


- Organização de diversas antologias: Amor e Morte, Sombras e Desejos, Eu me ofereço-Tributo a Stephen King, Vida e Verso, Contos de um Natal sem Luz, Clímax-faça-me chegar lá.



Espero que apreciem. Essa obra merece!

Citações? Sim, claro!!



Boa leitura!

Até + ver!


7 comentários:

  1. Amei amei amei o post Nu sua linda!!! Resenha perfeita e eu também gostei do final do livro afinal a vida real não é trai colorida com final feliz sempre, as pessoas tem que entender que felizes para sempre, nem sempre é possível. Parabéns pelo post, e obrigada por colocar o.link da entrevista do clube sua linda :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Giu!
      Imagina, sua linda! Claro que ia colocar o link! XD
      Eu li os comentários do Wattpad sobre o final e fiquei chocada c a posição das pessoas, exigindo que mudasse o final do livro pq a vida precisa ser cor-de-rosa. Mas, né, cada um na sua...
      Obrigada por vir! <3
      bjão!

      Excluir
    2. As pessoas perderam a noção do que é ser leitor e torcer (que não é crime) e respeitar o direito do autor de escrever o que vier a sua mente, isso é muito ruim. :D mas como disse amei a resenha e a Vandinha disse tudo ali em baixo, eu também torcia pra Laura, mas sei também que na verdade se autora colocasse um final feliz seria para agradar e essa coragem de colocar a realidade me faz respeitar mais ainda a Rô. <3

      Excluir
  2. Parabéns, Nu pela resenha. Adorei sua maneira clara e direta de expor suas colocações e sentimentos sobre o livro.
    Quanto ao final, realmente me surpreendeu e até deixei minha opinião, não para que a autora o mudasse, pq isso não faz sentido, mas como leitora. Esse livro foi um dos relatos mais chocante e cruel que já li. Torci o tempo todo para que Laura conseguisse se libertar daquela condição sub-humana e cruel, o que não aconteceu, fato totalmente previsível na realidade, pois nem toda vida tem final feliz, mas, não é por essa constatação que as pessoas não tenham o direito de torcer por uma mudança numa situação tão degradante e desumana, até pq se não acreditarmos em mudanças e transformações, nada mais faz sentido nesta vida, nada: nem campanhas, nem voluntários, nem solidariedade, nem livros, nem instituições, nem professores, nem escolas, certo? A autora deu o final de acordo com o sentimento e expectativas dela. Não tem que ser julgada, criticada ou impostas mudanças. Ponto pacífico. Qdo fiz a resenha do livro, ainda não conhecia o final, então não pude deixar minha impressão sobre isso. Depois que li o final, deixei registrada minha opinião como sempre fiz durante toda a postagem do livro. Acho que as pessoas pecam qdo o final do livro vai de encontro às expectativas delas e elas denigrem a obra ou exigem mudanças no final. No meu caso, por exemplo, deixei a opinião de uma leitora, que esperava não por um final de conto de fadas, pq isso é até patético num caso desses. Não esperava que ela voltasse para casa e esquecesse tudo, que seu namorado terminasse o relacionamento que construiu após o longo tempo que esperou por sua volta. No fundo, o que eu esperava é que todas as iniquidades e atrocidades praticadas por aquele louco tivessem um fim, o que além de não ter acontecido, ganhou força e uma aliada: a própria Laura. Sim, torci o tempo todo pela libertação e pela redenção de Laura, nem que fosse através de sua morte, pq quando na impossibilidade de se mudar uma trajetória tão doída, humilhante e cruel, a morte é uma forma de redenção dos sofrimentos. Torci, sim, por um final digno para ela, o que não aconteceu. Fiquei frustrada, sim, como ficaria ao ler no jornal ou ouvir nos noticiários um final tão deprimente e trágico quanto este. Este meu sentimento não tira em nada o mérito da autora e nem qualidade do livro. Pelo contrário, ratifica o talento da Rô, que conseguiu fazer um reboliço nos sentimentos de seus leitores, e é pela qualidade do livro e pelo talento da autora que indico com louvor a leitura de “Diário de uma escrava” e aguardo ansiosa pela publicação para tê-lo em minha estante.
    Bjs, e mais uma vez, parabéns pela postagem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Vandinha!
      Eu juro que entendo sua posição!
      Eu mesma torci para que a personagem tivesse força o suficiente para não se abater e conseguir fugir. E depois de sair, conseguir continuar longe, mas algo no texto, ao longo da narrativa, já tinha me feito perceber que não ia ser assim. Talvez, por ser muito realista, eu tenha perdido a fé/esperança mais rápido que muitos dos demais leitores.

      No entanto, nem por isso, eu me sentiria no direito de xingar a autora e exigir que ela mudasse o final. Até porque, a mesma avisou que está escrevendo a parte II, ou seja, ainda há esperanças que Laura possa voltar a ter algum contato com o mundo.
      dito tudo isso, agradeço imensamente sua vinda aqui no blog para deixar sua opinião! É de uma importância extrema que todos possam dar letras à seus pensamentos.
      Obrigada mesmo! E volte quantas vezes desejar!
      bjs mil, Nu!

      Excluir
  3. Olá, realmente o final é inesperado! Mas, é a realidade quando trata-se da Síndrome de Estocolmo.
    Mas, mesmo assim, choquei!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois, é Ray!
      A gente percebe ao longo do texto que a situação vai descambar para um lado ruim, mesmo torcendo para alguma pontinha de felicidade. A meu ver, a protagonista, conseguindo escapar e indo para casa, não seria a mesma, nem teria afinidade com ninguém, nem mesmo sua família. Os maus tratos que recebeu tiraram tudo dela....
      Obrigada por vir e parabéns po raguentar a leitura! É um livro pesado, apesar de ótimo!
      um bj!

      Excluir

Seja legal: aumente nosso ego deixando seu comentário!
Mas, ei! Cuidado aí! Sem comentários ofensivos!
Um imenso obrigado de todos nós!

Popular Posts

Acessos: