quinta-feira, 11 de agosto de 2016

[No Umbral] [Conto] - Um lustre, pássaros e um adeus

Saudações Sombrias!

Hoje, no Umbral, desafiei as memórias. 

Convido-os a mergulhar no distinto mundo da infância e a se questionar... Que encantos e medos nossas memórias pueris podem nos conceder?


Cuidado com as sombras e labirintos, não se percam No Umbral!


Eu sou Orfeu Brocco, seu anfitrião e guia!



Um lustre, pássaros e um adeus

(por Orfeu Brocco)


Infância. O que dizer desse momento tão distinto da vida? Às vezes, surpreendo-me perdido em lembranças de eventos marcantes...

Era um garoto sadio, cheio de brincadeiras envolvidas em experiências mirabolantes. Havia um quintal todinho à espera de ser transformado em algum mundo de faz de conta, telefones improvisados com linhas e latas eram minha comunicação com os amigos, do alto da macieira via os dias passarem, sempre à procura de mistérios e dedicados às minhas histórias de horror, aos gibis e aos filmes.

Lembro-me de um dia em especial, onde o faz de conta tornou-se sinistro e invadiu a minha realidade e a de meu amigo Diego.

Poderia ter sido uma tarde como outra qualquer, sozinho em casa , debruçado sobre livros e bolando alguma estória, mas o toque da campainha rompeu o silêncio com o anúncio de um amigo inesperado. Levantei-me e quase escorreguei em um gibi esparramado. Justo o "O espetacular Homem-Aranha" onde ele enfrenta o Devorador de Pecados, o meu preferido!

— Diacho! Será que rasgou? — soou novamente a campainha e uma voz inconfundível.

— Que demora, hein! Sai do banheiro! — a voz do Gordo, seguida de sua risada que era sua marca inconfundível.

Atravessei a sala correndo. O garoto com a linha de cerol enrolada na lata, de camisa regata e bermudas engraçadas sorriu ao me ver abrir o portão. Era de lei o cumprimento combinado. Após entrar, sacou dois chicletes do bolso.

— Esse é seu. E aí? Que cê ta fazendo? — enquanto entravamos no quarto, tomei cuidado para não pisar em outros gibis.

— Estava lendo um gibi que achei na biblioteca da escola. O que aconteceu com sua pipa? — estranhei, já que ele era fissurado e sempre andava com uma em mãos.

— O Bruninho da rua de baixo torou minha pipa nova, vou arrebentar ele depois, quebrou a nossa trégua — depois de mostrar um semblante vingativo, passou a mão na barriga. — Tô com fome.

Os dois eram rivais, viviam se esmurrando depois que começaram a torar cada um as pipas do outro. O assunto gerou uma guerra terrível, houveram várias brigas entre os moleques da rua de baixo e a gente. Até que foi decidido: ninguém torava mais ninguém. Detestaria ter de reviver o conflito, afinal na rua debaixo tinha uma sorveteria ótima e uma ladeira perfeita para os torneios de bicicleta. Nem sonhando poderia passar tranquilamente ali se o quebra fosse revivido.

Mas fiquem tranquilos, este fato não aconteceu!

— Vou pegar uma bolacha, peraí! — enquanto procurava a bolacha, o Gordo atravessou a cozinha e foi para o quintal. Como era de costume, se pendurou na árvore.

— O que nós vamos fazer agora? Vamos chamar o Daniel! Ele sempre tem ideias boas! — realmente era uma boa ideia. Depois de achar a bolacha (que foi levemente tomada de minha mão por meu amigo feliz), anunciei esta minha ideia.

— Vou dar o "trim especial" nele, vamos ver se ele vem! — esse era o nosso código para avisar que estávamos ligando um para o outro. Quando o telefone tocava uma vez, ligávamos de volta e desligávamos também no primeiro toque. Assim era anunciada uma ligação no nosso telefone especial de lata.

— Ele respondeu! Vamos correr lá no muro! — com a agilidade que lhe era comum, Diego conseguiu chegar antes de mim e tomou o latafone em mãos. — Na escuta ! Tá me ouvindo? — enquanto provavelmente era respondido por Daniel, aproveitei e peguei a extensão do lado dele.

— Tô na escuta também! E ai Daniel? — estranhamente ouvimos ruídos que não saberei descrever — Ele já havia atendido, Gordo? — ele negou.

— Oi — a resposta de Daniel finalmente veio. Por que ele ficou enrolando?

— E aí, tá fazendo alguma coisa? — a voz grave de meu amigo ao lado, era perceptível apesar do uso da lata. Friamente, nosso interlocutor respondeu que não.

— Vem pra cá, aproveite e traga de volta o meu Shiryu que você tá enrolando para devolver — precisava cobrar, o primo dele vivia sumindo com as peças das armaduras.

A “ligação” pareceu sofrer interferência. Começamos a ouvir um zumbido. Gordo e eu nos olhamos. O que era aquilo?

— Que isso? Parece barulho de um monte de mosca! Tão alto! — também não consegui compreender o que era aquilo. — Daniel? — chamamos de novo.

— Então vocês querem que eu vá até aí? Têm certeza? — sua voz pareceu um pouco macabra em meio ao incomum chiado.

— Claro, né! Pare de tirar onda e venha logo! — após a resposta quase em uníssono, ouvimos ele pedir para esperar e logo o telefone “emudeceu”.

A distância entre nossas casas “correndo” era de cinco minutos. Ele demorou um pouco para chegar. Ao entrarmos em casa novamente, observamos o lustre da sala, formado de setes fileiras de tamanho diferente de cristais fajutos que faziam espiral e iam diminuindo até chegar no soquete.

Enquanto esperávamos na sala, inexplicavelmente nossos olhos fitavam o teto.

— Por que estamos olhando para o lustre? — perguntei a Diego.

— Não sei, você ficou parado olhando, não resisti e comecei a olhar também! Esse lustre da sua casa é meio estranho, né? O que tem lá no sótão? Nunca fui lá. Precisamos subir depois e ver a linha do latafone que sai dali, descobrir se tem alguma coisa enroscada que estava fazendo barulho na chamada! — o diagnóstico dele poderia ser certeiro, prometi a mim mesmo verificar depois. Ele era muito medroso, não iria lá comigo, mas a ideia me pareceu boa.

A campainha tocou.

Abri a porta de casa e olhei, era Daniel, seu rosto inconfundível era visto por detrás das grades do portão num sorriso diferente. Retirei a chave da porta, joguei para ele e, após ele abrir o portão e entrar, pedi que trancasse. Meu pai sempre me alertava para não esquecer aberto. Ao entrar na casa, o cumprimentamos com um abraço.

— Como foi a viagem para Araguari? Chegou hoje? — lembrei-me que ele havia dito que iria viajar.

— Não fui. Preferi ficar em casa. O que vamos fazer? — se eu soubesse que ele tinha ficado três dias sozinho em casa, teria bolado alguma bagunça por lá.

Começamos a conversar sobre um monte de coisas, a tarde já terminava e os primeiros raios do luar invadiam a nossa pequena cidade.

O tempo todo ele parecia um pouco distante. Diego perguntou a mim se sabia por que ele parecia tão triste, mas ainda assim pegamos almofadas e começamos a tentar massacrar um ao outro. Durante meia hora o combate foi intenso, todos caímos cansados e a peleja não teve vencedor.

— Nossa tá ficando bastante frio, né? — percebi e levantei-me para fechar as janelas e as portas. Ao voltar, ouvi o rival de Bruninho reclamando:

— Ah não, vocês vão começar com isso? Vou embora! — ele se levantou e apanhou a lata de linha no chão.

—Ih, já tá chorando por quê, arregão? — perguntei ao entrar no quarto. Aproveitei e antes improvisei um chocolate quente instantâneo, entregando uma caneca a Daniel.

Daniel riu, notei um pouco de ironia e um incomum brilho em seu olhar.

— Dei a ideia de contarmos histórias de terror, já tá querendo cair fora — entregou Daniel. Eu havia adorado a ideia.

Peguei uma vela, apaguei as luzes e após subornarmos nosso amigo, ele concordou em ficar, mas assim que acabasse a primeira história, tínhamos que fazer um intervalo para “beliscar” algum lanche a fim de aliviar a tensão.

Enquanto a luz da vela iluminava meu rosto, aquela única chama era o único facho de luz que nos separava da escuridão, apesar disso conseguíamos enxergar o lustre da sala. Comecei a contar a história (inventada) de um homem que cujo medo de pássaros era tão grande que um dia, durante uma fuga após um assalto, foi inexplicavelmente perseguido por diversos pássaros.

— E então, às vezes se chocavam no para-brisas violentamente, incessantemente, os corpos das aves se estatelavam de uma maneira que pareciam apostar a vida dispostos a abater o criminoso. Logo foi impossível enxergar devido a tantas rachaduras e sangue espalhado pelo vidro, e o pânico enorme fez com que perdesse o controle e batesse de frente com uma árvore — Daniel ouvia impassível, enquanto Diego roía as unhas.

— E aí? Que aconteceu? Ele morreu? Ele morreu? — perguntava ansioso parando de comer as unhas.

— Com dificuldade, ele abriu a porta. De tanto pavor, não conseguiu notar se os pássaros haviam sumido, não ouvia o farfalhar das aves mais. Caiu ao sair. Ao levantar, tentou manter-se de pé. Caminhou alguns metros e, então, tudo ficou em silêncio que brevemente foi interrompido pelos pios agudos de um bando de pássaros. Estava a poucos metros de um precipício. Atônito, ergueu os olhos para o céu, vendo em seguida a revoada investir em peso contra ele. Um segundo mais tarde, ouviu-se apenas o berro de um homem que caía e depois se despedaçou por inteiro — noto que meus amigos têm os olhos arregalados. Aquela história realmente parecia te-los assustados. 

— Misteriosamente, depois de sua morte, viajantes sempre relatavam uma grande quantidade de pássaros mortos naquela estrada. Sempre no mesmo dia em que o homem foi julgado pela revoada — de repente, noto o estranho barulho de algo se movendo por perto. Sinto um calafrio.


Talvez o olhar deles indicasse que estavam vendo algo enquanto eu contava a história. Viro meu rosto para trás e observo, através da porta do quarto aberta, o lustre balançando sozinho na sala, velozmente. O barulho dos cristais fajutos nos concede calafrios. Nós três nos levantamos e encaramos o acontecimento. Como uma criança que foi surpreendida por adultos, o lustre vai parando aos poucos.

Acho que naquela hora nossos corações pareciam locomotivas, apenas após alguns minutos de silêncio, Daniel se manifestou, enquanto eu tentava acalmar meu outro amigo.

— Vou embora, gente — estava tão atônito que nem questionei nada, acompanhei Daniel, passamos pela sala por debaixo do lustre, destranquei a porta, fomos para o corredor e destranquei também o portão. Daniel parecia assustado e se foi em silêncio.

Voltei em poucos minutos, e dei um copo de água a Diego. Tranquilizei-o dizendo que aquilo devia ter sido alguma corrente de ar.

Ele decidiu ir embora. Fiquei preocupado, pensei em ir junto com ele e esperar na rua, meu pai provavelmente chegaria dali a meia hora ou minha mãe. Durante o curto trajeto até o lado de fora antes do portão, prestes a me despedir novamente de Diego, ouvimos um berro que nos fez saltar! Ao olharmos, vimos Daniel vindo correndo em nosso direção do corredor dos fundos da minha casa, com um sorriso exagerado e olhos estáticos. Dei um passo para trás, desviando-me. Ele quase chocou-se contra mim, porém, sem ter a mesma sorte, Diego caiu e quase foi pisoteado.

Eu havia esquecido de trancar o portão, com uma tremenda força abriu a portão com um simples puxar de mão e foi para a rua. Ao olhar Diego caído, senti raiva da brincadeira idiota e disparei a correr atrás dele, enquanto ele ria alto e descontroladamente. Foi uma perseguição alucinada, as pessoas da rua não sabiam o que estava acontecendo. Lembro de ouvir alguém comentar “pega ele!”.

Quando meu perseguido dobrou a esquina para a descida que levaria até a rua da casa, vi que fiquei um pouco para trás, mas apressei-me e, ao seguir o caminho para sua casa, não o vi mais na rua. Esbaforido, fui andando lentamente pela calçada e sentei para tomar fôlego, poucos minutos depois, Diego me encontrou.

— Cadê aquele filho da puta? Vou arrebentar a fuça dele! — não consegui responder até que vimos ao longe dois carros que vinham da estrada em direção a casa de Daniel. Um dos carros era o de meu pai, o outro da mãe de Daniel. O carro azul da mãe dele estacionou em frente a gente; meu pai, logo a frente, diminuiu a velocidade e falou:

— Tô indo para casa, olha quem encontrei pelo caminho! — papai seguiu em frente e, ao nos aproximarmos do carro, fitamos a mãe de Daniel a sorrir.

— Nossa, como vocês adivinharam que chegaríamos agora? Que bom, o Dani tá meio doente, vai ficar feliz em vê-los — tomados de medo e de algum entendimento, olhamos para o banco de trás e lá estava Daniel, adormecido e com semblante febril.

O que quer que tenha acontecido aquele dia, pode ter sido um estranho presságio. Daniel ficou dias no mesmo estado e depois se foi.


Esse é um conto baseado em uma memória de infância.

Após terminar de escrevê-lo e ao título, começaram as pisadas aqui em cima.

26 de Julho de 2016 – 02:10 da manhã


Quantos de vocês se arrepiaram agora? Deixem seu comentário que responderei em breve!

Vocês podem ver todas as postagens da coluna No Umbral que já saíram aqui no blog >> Acesse aqui!

Cuidado com o caminho de volta ao Umbral!




Orfeu Brocco nasceu em Uberlândia - MG em 1988, casado, atualmente vive em São Paulo. Como autor, suas obras lançadas até o momento são; "Criações Sombrias" (2014) e "Jardins Dolorosos da Babilônia (ou versos ácidos para meu amor, se você preferir)" (2014), além do livro infantil "Hélio e o menino gota" (2015), lançado pela Editora Miranda. Atualmente, desenvolve mais livros e HQs junto dos amigos.

CONTATO: broccoluiz@bol.com.br



54 comentários:

  1. Olá
    adorei o conto, especialmente por ser baseado nas memórias da infância. O desenvolvimento ficou ótimo, facilitando ainda mais a compreensão dos fatos. Impossível não se arrepiar heim?! Essas sensações são bem marcantes e é o que eu mais gosto ao fazer a leitura. Na expectativa por mais :)
    beijos, Fer

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    1. Oi Fer! Tudo bem ? Acho que a infancia de todo mundo contem um pouco de misterio e magia, se buscar em suas lembrancas provavelmente relembrara muitos misterios!
      Muito obrigado pelos comentarios e mais ainda por continuar acompanhando, cada conto e escrito cuidadosamente e com muito carinho para voces!
      Beijos !

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  2. O início do conto foi toda a minha infância, ri com o telefone de lata, com as regras das pipas, com o momento de mais adrenalina supridas pelas histórias de terror. Batei até uma nostalgia. Mas que final foi esse! Fiquei chocada! De repente, pluft.
    Parabéns pelo talento, é realmente envolvente.
    Bjim!
    Tammy

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    1. Oi Tammy! Tudo bem ?
      Agradeco muito seus comentarios, arrisco-me a dizer que nossa infancia foi muito legal !
      Quando escrevi esse conto senti uma saudade tao grande ...
      Volte mais vezes, te aguardarei!
      Bjim proce tb, so!

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  3. Não tem como não se identificar com o conto né ?!
    Bem intenso né ?! Muito bem escrito e me prendeu até o fim.
    Parabéns e espero por mais.
    Beijos
    www.estilogisele.com.br

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    1. Oi Gisele , tudo certo ?
      Adorei saber que se identificou e que fostes envolvida pela trama.
      Muito obrigado,volte sempre,todo mes uma estoria diferente!
      Bjos!

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  4. Olá
    Nossa,que conto foi esse garota? Eu não conhecia o trabalho do autor mas já me apaixonei de vez rsrs. Confesso que não sou myuto de ler livros ( ou contos como no caso) nesse gênero, nela fato de ser frouxo kkkk,mas li esse é me arrependo de não ter lido mais desse tipo Kkk! Realmente esse cobro está super bem escrito! Até a próxima
    Bjsk

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  5. Olá...
    Um dos contos mais diferentes que já li... não conhecia o autor até então...
    Algo que me instigou é o fato de ser um conto que faz lembrarmos da nossa própria infância...
    Parabéns!
    Beijokas!
    www.facesdeumacapa.com.br

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  6. Olá,
    Desconhecia o autor, mas adorei!
    Não sou muito fã de contos, mas esse eu gostei bastante.
    Amo relembrar minha infância, pois ela foi incrível.

    https://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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    1. Ola leitora descontrolada ! Hehe!
      Fico honrado por ter apreciado a leitura deste conto, lembrar a infancia eh nao deixar a nossa crianca interior morrer!
      Volte mais vezes, te esperarei!
      Ate logo !

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  7. Olá foi ótimo ler esse conto, ele é bem... intenso kkkk. Não conhecia o autor, mas parabéns amei a sua escrita )

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    1. Oi Faby! Que bom que apreciou a leitura, saber disso eh muito motivador!
      MUITO OBRIGADO!
      Volte mais vezes ☺

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Oi, confesso que não sou do tipo que lê contos ou livros desse gênero, mas esse conto está muito bem escrito, nos levando a infancia, mas confesso que deu um medinho, e não sei se teria coragem de ler outros, mas gostei da escrita e da narrativa, o autor está de parabéns.
    bjus

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    1. Oi Thatyane,obrigado por suas consideracoes, fico muito feliz por voce ter curtido, te espero mais vezes !
      Sobre os outros contos desta coluna, posso garantir que nao estao muito from hell (hehe), pode ler sem perigo nenhum (talvez uns calafriozinhos).
      Bjus !

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  10. Olá Orfeu,
    Meu Deus, meu Deus! Que conto é esse? Como sempre, fiquei boquiaberta. Adorei ter lido ele e fiquei me perguntei onde estava o Dan e quem era o Dan que ficou com eles um tempo.
    Eu não me senti assustada, apenas fiquei surpresa pelo final e te desejo parabéns, você escreveu muito bem.
    beijos,
    Um Oceano de Histórias

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  11. Oi
    Que conto diferente. Tenho muitas memórias de infância e foi legal ver como o autor utilizou isso para criar um texto tão cheio de elementos. Confesso que deu um pouco de medo.
    Adorei a dica.
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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    1. Oi Rizia,blz ?
      Vou te contar um segredo, no lugar deste conto seria um artigo sobre um escritor de terror brasileiro, mas durante a madrugada comecei a lembrar de muitas coisas e pluft!
      De repente este conto saltou as maos e tomou conta de tudo!
      Agradeco os elogios,fico feliz com sua passagem por aqui,volte sempre!
      Beijos pra ti!

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  12. Oi, tudo bem?
    Não conhecia o autor ainda, mas adorei o conto! Principalmente por ser baseado em memórias de infância, pois fez me recordar da minha em muitos aspectos.
    O texto realmente arrepiou um pouco! O autor soube conduzir muito bem a história.

    Beijos :*
    http://www.livrosesonhos.com/

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    1. Oi Maiara !Muito prazer !
      Benvinda ao Umbral, todo mes diferentes estorias ou artigos a maioria escritos especialmente para os leitores desta coluna !
      Que bom que adorou o conto, fico imensamente feliz !
      Sera sempre benvinda neste canto obscuro do 1001 Nuccias !
      Beijo!

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  13. Nossa, que conto diferente e interessante. Eu não gosto do gênero mas achei o conto uma boa leitura. Já tinha visto outros contos dele aqui no blog e acho que esse foi um dos que mais me agradou. Simples e que fala de maneira bem direta.

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  14. Oii! Adorei o conto, tem uma leitura gostosa, apesar de não ser um dos meus gêneros favoritos :)

    Beijos!

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  15. Depois da leitura eu dei um longo suspiro! Antigamente nos tínhamos infância, hoje ela esta sendo tirada e são poucas pessoas que fazem questão de nos lembrar. As memórias da infência são relíquias guardadas em nossa memória que nos fazem ser melhores como pessoas adultas. Belo texto e aguardo por outros.

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  16. Oiiii
    Mas gente, que conto foi esse?! Adorei! Adoro contos e tudo relacionado a terror e confesso que no final fiquei com um pouquinho de medo.
    Parabéns para o autor, que continue escrevendo muito mais contos.

    Beijos
    http://www.sacudindoaspalavras.com.br/

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  17. Oiee ^^
    Eita kkk' que conto! É tão triste ver que hoje as crianças só ficam presas na tecnologia e não fazem mais coisas como as do conto, né? Não contam mais histórias de terror, poucas brincam de pipa (sem cerol, pelamordedeus!). Não sou muito fã do gênero terror, mas gostei.
    MilkMilks ♥
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  18. Olá!!!!
    Histórias de terror, suspense e mistério parece que estão sempre no imaginário popular, né? São os gêneros de que mais gosto, desde criança. Acredito que o que mais gostei do texto foi justamente isso, relembrar da minha infância, das brincadeiras com os amigos e dos sustos que pregávamos uns nos outros... hehehe...
    Bom texto!
    Beijo.
    Ana Karina

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  19. oie! Uau, que super conto! Amei, amei amei.
    E deu um arrepio no final, além de ter me identificado com as brincadeiras de infância, o telefone de lata, os gibis, perfeito. Parabéns.

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  20. Oi Orfeu, tudo bem?
    O que aconteceu com Daniel para ele ficar daquele jeito, adoecer e depois morrer? Será que ele também estava sendo perseguido pelos pássaros como o homem da história, mas ninguém conseguia enxergar os pássaros só ele? Voc~e me deixou bem curiosa, risos...
    beijinhos.
    cila.

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  21. Olá, tudo bem?
    Nossa ficou muito bom! Não consegui parar de ler, gostei muito do modo em que você expôs está sua memória.
    Também tinha telefone de lata em casa <3
    Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)

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  22. Oie tudo bem? Parabéns pelo conto, é bem instigante. A leitura me prendeu!
    Você escreve muito bem!

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  23. Oie tudo bem? Parabéns pelo conto, é bem instigante. A leitura me prendeu!
    Você escreve muito bem!

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  24. Orfeu, venha aqui me abraçar porque esta história me levou para um lugar chamado saudade e eu adorei o passeio. As referencias iniciais me fizeram sentir uma nostalgia imensa!!!
    Adorei!!!
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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    1. Oi Ivi , obrigado pelo carinho e pelos comentarios, sinta-se abracada !
      Grande beijo!

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    2. Oi Ivi , obrigado pelo carinho e pelos comentarios, sinta-se abracada !
      Grande beijo!

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  25. Não tenho o hábito de ler contos, porque sempre fico na expectativa por um "mais", e por não conhecer o autor fiquei receosa de que não pudesse gostar, mas o que aconteceu foi totalmente o contrário, me vi lendo linha após linha até não ter mais. Parabéns ao autor por ser tão talentoso!

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com.br

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  26. Olá, adorei esse novo conto...ótimo como sempre! Nostalgia total <3

    Abraços

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    1. Oi Raquel, muito obrigado por ler e acompanhar :)
      Fiquei nostálgico ao escrever também!
      Abraços!

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  27. Oiii Nu, como vai?
    Que conto dos deuses é esse menina? Eu sou completamente apaixonada por estes e confesso que me apaixonei perdidamente, é sempre bom lermos algo assim diariamente e minha segunda começou espetacular lendo isso no seu blog.
    Beijinhos

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    1. Oi Morgana ! Fiquei radiante ao saber que meu escrito pode trazer um ótimo começo de semana, muito obrigado por sempre acompanhar meus contos!
      Beijos !

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  28. Ola adorei o conto prende a atenção, muito bacana ter sido baseado na infância, eu sou sempre atenta a tudo, e confesso que iria morrer de medo. Parabéns e muito sucesso ao autor. abraços

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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    1. Oi Joyce, obrigado pelo comentário, sinceramente quando rolou isso na época fiquei meio perdido! NA verdade ainda continuo, só parei de tentar achar explicação!
      ABraços !

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  29. Olá!
    Conto muito bom! Gostei muito de saber um pouco mais sobre suas lembranças de infância, isso prende completamente sua atenção e quando vê já acabou. Parabéns pelo talento! Muito sucesso sempre.
    Beijos.
    arsenaldeideiasblog.wordpress.com

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    Respostas
    1. Oi Carolina, tudo bem? Muito obrigado pelo carinho, de fato aconteceram muitas coisas legais (e também bizarras ) durante minha infância, mas gosto muito de relembrar esse tempo e fico feliz por ter despertado algo bom com isso em você!
      Um grande beijo!

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  30. Oi!
    Eu não costumo ler todos os seus contos, mas gostei bastante desse por envolver memórias da infância, que sempre parecem mágicas quando nos lembramos delas. Gostei da sua narrativa, ela me prendeu bastante.
    Abraço

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    Respostas
    1. Oi Evelise, agradeço por sua leitura, concordo com você sobre a mágica das memórias da infância, é algo realmente incrível, né ?
      Obrigado pelos comentários, te espero mais vezes !
      ABraço!

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  31. Oi!
    Mais uma vez o conto está incrível, e as memórias da infância só deixaram a história ainda mais bacana.
    Vou conferir se já li todos os contos porque acho que pulei alguns rsrsr

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  32. Fiquei com mais medo da história dos pássaros, que horror! A do Daniel só me deixou bem curiosa para entender o que estava acontecendo, não consegui chegar a nenhuma conclusão... Rs... Ótimo texto, me prendeu do início ao fim, mesmo que normalmente eu tenha medo dessa coluna! Hahaha...

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  33. Olá.
    O começo do conto era tão parecido com a minha infância que fui preenchida por uma sensação de nostalgia. Ri bastante me recordando das brincadeiras. Mas o final foi totalmente inesperado. Estou arrepiada até agora.
    Acho que a história dos pássaros me deixou mais assustada que a do Daniel. Que besteira a minha.
    É um ótimo conto. Meus parabéns.
    Beijos, Mila

    a-viagem-literaria.blogspot.com

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  34. Olá, tudo bem? Como sempre uma ótima escrita que prende muito bem o leitor a história. Gostei bastante do envolvimento das memórias da infância no conto, parabéns pelo seu trabalho. Beijos.

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  35. Hey Orfeu, tudo bem? Que conto fantástico! Fiquei toda a leitura imaginando como iria fechar esse conto e adorei o final, realmente arrepiante. Gostei muito! E claro que aquele "Esse é um conto baseado em uma memória de infância" deu um toque todo especial (e assombrado) na experiência de leitura. Como assistir um filme de terror e no final descobrir que é baseado em fatos. Adoro, mas morro de medo! hahahha

    Sucesso!

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  36. Oi!
    Parabéns pelo conto! Me identifiquei, assim como muitos, com o início do texto, com as memórias nostálgicas de uma infância querida. Mas não esperava que tivesse esse fi al, fiquei tipo "UOU".

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  37. Oi!
    Adorei o conto! Principalmente pelas lembranças de infância que ele traz, muito parecido com a minha... Parabéns Orfeu, está muito bem escrito.
    Bjs!

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  38. Olá Orfeu!
    Adorei o conto hahahahaah nossas infâncias são cheias de tramas cabeludas, acho que as crianças de hoje em dia não sabe o que é ter uma infância de verdade hahahahaha sinto falta da minha.

    Beijokas

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  39. Oi, tudo bem?
    Uau que conto! eu amo contos e devo dizer que você escreve super bem. Muito bacana você fazer fazer o conto em cima das memórias de infância, é aí que percebemos quanta coisa já aconteceu, né? ahahah adorei e com toda certeza quero ler mais contos!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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