Bom dia, nucciamigos!
Primeiro dia de setembro, uma linda sexta-feira, dia de resenha de livro nacional!
Vem comigo para conhecer mais uma das antologias da Editora Illuminare: Memórias de um Bar, organizada por Antônio Guedes Alcoforado, com contos e poesias de 20 autores!
Primeiro dia de setembro, uma linda sexta-feira, dia de resenha de livro nacional!
Vem comigo para conhecer mais uma das antologias da Editora Illuminare: Memórias de um Bar, organizada por Antônio Guedes Alcoforado, com contos e poesias de 20 autores!
Organização: Antônio Guedes Alcoforado
Autores: diversos
Editora: Illuminare
Gênero: contos / poesias
Ano: 2016
85 p.
Sinopse:
Uma coletânea de contos, crônicas e poesias sobre aquele nosso velho e querido bar. Um livro lindo, divertido e criativo com brindes exclusivos aos autores como agradecimento editorial por estarem sempre conosco.
Acho que é a primeira vez que pego um livro cujos textos são todos sobre o bar. Sim, sobre BAR, aquele mesmo lugar onde você se reúne com amigos para se distrair enquanto toma uma cerveja gelada, ou que você vai para esquecer um amor perdido aos goles de um drink.
A antologia traz contos e poesias. Alguns dos contos são fictícios, outros parecem mais crônicas.
Estranhamente, as poesias foram muito melhores do que os contos. Digo estranhamente, porque o comum é gostar mais dos contos, apesar de amar poesias. É que nunca imaginei que poesias sobre bar seriam tão boas. E também não imaginei que parte dos contos me desagradariam.
O livro é ruim? Não.
Ah! Então é bom? Eu diria razoável. Alguns dos contos não tem fim. Aliás, teve um que nem começo direito teve. Era uma lista de memórias mesmo, e se tivessem sido desenvolvidas ao invés de apenas citadas, acho que teria dado pano pra rolo.
Ok, ok, eu sei como é o esquema de livro colaborativo, a questão do limites de caracteres. Juro que sei, pois eu mesma tenho textos em 10 antologias, a maioria da mesma editora. Mas... infelizmente, não tenho como amenizar, podia ter sido bem melhor.
A antologia traz contos e poesias. Alguns dos contos são fictícios, outros parecem mais crônicas.
Estranhamente, as poesias foram muito melhores do que os contos. Digo estranhamente, porque o comum é gostar mais dos contos, apesar de amar poesias. É que nunca imaginei que poesias sobre bar seriam tão boas. E também não imaginei que parte dos contos me desagradariam.
O livro é ruim? Não.
Ah! Então é bom? Eu diria razoável. Alguns dos contos não tem fim. Aliás, teve um que nem começo direito teve. Era uma lista de memórias mesmo, e se tivessem sido desenvolvidas ao invés de apenas citadas, acho que teria dado pano pra rolo.
"Vejo vultos de alegria, por aqui a me cercar / "Pega outra por favor" / E a viola a tocar / Ouço moda sertaneja, que me faz ela lembrar / "Vê mais uma aqui, senhor"." (Pinga na Mesa do Bar, de Charles Ribeiro da Silva)
Ok, ok, eu sei como é o esquema de livro colaborativo, a questão do limites de caracteres. Juro que sei, pois eu mesma tenho textos em 10 antologias, a maioria da mesma editora. Mas... infelizmente, não tenho como amenizar, podia ter sido bem melhor.
Sobre a edição: miolo bem trabalhado, textos bem divididos, fonte bacana, papel ok. Revisão, mais ou menos, mas também sabemos que em antologias a revisão é de cada autor.
A capa está linda, como a editora sempre consegue fazer, e retrata bem a temática do livro. Descrição #pracegover: a imagem principal é de uma taça de drink exótico com um guarda-chuvinha de papel roxo. Ao lado esquerdo, um copo com uma dose de um outro drink e, ao lado direito, uma rodela de limão. Ao fundo, outras imagens desfocadas, de drinks e garrafas. O plano de fundo é uma parede amarela. O título do livro está em preto na parte superior, sobre o amarelo.
Sobre os destaques, falarei bem rapidinho deles:
Melhor texto do livro! Uma narrativa em prosa poética, jogando com palavras de forma espetacular. Uma página só e valeu por todos!
Uma poesia narrativa, também muito bem escrita. São 4 páginas da poesia, com uma narrativa intrincada e com um belo ritmo descritivo.
Um conto muito bem elaborado, cujo tema é a escrita de um poema na mesa de um bar, com um final surpreendente. Lança aquela pulgona atrás da orelha da gente, adoro isso!
Outro conto muito bem escrito, com um toque sci-fi (adoro!!!) e um de romance que deixou o texto especial. Quem diria que aquela entidade descobriria a fé na humanidade justamente no dono do bar? Adorei!
Sobre os destaques, falarei bem rapidinho deles:
1 - Alchemia Bar de Poesia, de Angel Popovitz
Melhor texto do livro! Uma narrativa em prosa poética, jogando com palavras de forma espetacular. Uma página só e valeu por todos!
"Não, eu não bebi nada, o copo está cheio de mim, nada me vicia, hoje, ontem e sempre, só me embriago daquilo que me contagia - a mais louca poesia."
2 - Botequim, de Cauline Santos de Souza
Uma poesia narrativa, também muito bem escrita. São 4 páginas da poesia, com uma narrativa intrincada e com um belo ritmo descritivo.
"Beber e conversar é sempre melhor na mesa de um bar / Lá se pode tudo, até sobre o futuro conversar / Vê-se todo tipo de gente, do mais burro ao mais inteligente / Do mais imoral ao mais decente / Do mais amado ao mais carente / Do ateu até o crente."
3 - Poema Azul, de G. Veiga
Um conto muito bem elaborado, cujo tema é a escrita de um poema na mesa de um bar, com um final surpreendente. Lança aquela pulgona atrás da orelha da gente, adoro isso!
"Embriagado de realidade / pôs-se a chorar / vomitou todas as verdades / enquanto entrava em outro bar."
4 - Poeira Cósmica, de Mariana Zambon Braga
Outro conto muito bem escrito, com um toque sci-fi (adoro!!!) e um de romance que deixou o texto especial. Quem diria que aquela entidade descobriria a fé na humanidade justamente no dono do bar? Adorei!
"Às vezes, abraçava o planeta todo, mas logo o soltava com medo de esmagar por completo aquela frágil e bela criação."
Bom, sei que ficou parecendo ruim, mas não é. Juro que o livro se salva.
Se a revisão dos autores estivesse melhor, tinha uma bruxinha extra ali.
No mais, espero que, como eu, vocês deem uma chance.
Se a revisão dos autores estivesse melhor, tinha uma bruxinha extra ali.
No mais, espero que, como eu, vocês deem uma chance.
Até + ver!
Nuccia De Cicco é bióloga, Doutora em Bioquímica, escritora, poetisa, bailarina e blogueira. Carioca de paixão de Santa Teresa, é apaixonada por livros, seriados, tatuagens e lambidas caninas, além de ter uma queda saudável por cafajestes. Surda desde os 27 anos, é co-autora em nove antologias e publicou o livro “Pérolas da minha surdez”, uma obra sobre luta e força de vontade. Todas as suas facetas são mostradas no blog “As 1001 Nuccias”. Nele, a literatura impera!
Nuccia, parabéns pela resenha! Você é show!
ResponderExcluirUm abraço.
Obrigada!! Obrigada mais por estar sempre por aqui! Não sabe como é maravilhoso o retorno dos leitores! <3
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