quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Resenha [filme] - Lucy

Olá, corações!

Ainda cansados de pular carnaval ou ficaram relaxando num cantinho?

Não deu para ir ao cinema assistir a 'Família Berlier' ainda, então recorri, novamente, aos meus amigos programas de computador para achar um filme interessante e lançado há tempos, algum que eu ainda não tinha visto.

Achei Lucy e me surpreendi! A sinopse do filme:

Escrito e dirigido por Luc Besson, o longa acompanha Lucy, uma jovem recrutada para transportar drogas no próprio estômago por mafiosos orientais. Após o corpo absorver a substância, Lucy passa a usar 100% da capacidade de seu cérebro, se transformando em uma "supermulher".


Pessoalmente, eu acho a sinopse divulgada muito mal feita e explico o porquê. Mas, ei, tem uns spoilers básicos, ok?


O filme narra a história de Lucy (Scarlett Johansson, de Os Vingadores) que, durante uma viagem a Twain, se envolve com o mundo da máfia e tráfico de drogas. Por 'se envolver', leia-se: o peguete dela é um trambiqueiro que costuma dar uma volta em cima do chefe do tráfico tailandês (Choi Min-sik, de Oldboy), pede a ela para fazer uma entrega, acaba morto e ela é sequestrada para servir de mula, levando uma droga sintética nova e potente para a Europa. Bom envolvimento ou não?

Durante estes eventos, o filme também narra a conferência do Prof. Dr. Samuel Norman (Morgan Freeman, de InvictusOblivion), um estudioso da capacidade de uso cerebral, expondo a teoria de que humanos utilizam apenas 10% da capacidade total do cérebro, perdendo apenas para os golfinhos que usariam 20%. Nesta mesma conferência, ele teoriza quais habilidades estariam ativas caso o ser humano usasse mais do que os tais 10%, que incluem telecinesia, controle celular (multiplicação, dor, regeneração), telepatia, inter.


E é aí que Lucy entra. Durante o cativeiro, Lucy é quase estuprada e acaba levando chutes na região do abdômen, onde a cirurgia para implantação das drogas foi feita. O pacote se rompe e temos uns efeitos especiais meio absurdos durante o processo de absorção do pó azul pelo organismo da Lucy. A droga, CPH4, faz com que a capacidade de uso cerebral de Lucy vá aumentando e ela adquire as tais habilidades teorizadas. Chamar de 'supermulher' assim do nada, sem contextualizar, dá a impressão de noivinha do Superman. E não é isso.

Aparentemente, a droga sintética é feita a partir de um hormônio pré-natal e doses elevadas tem efeito destrutivo de desestabilização celular que só pode ser reduzido com mais consumo da droga. Daí, Lucy resolve roubar a informação do chefão do tráfico e ir atrás das outras mulas. Pede então, ajuda à Interpol e à polícia de Paris, contatando o chefe Pierre Del Rio (Amr Waked, de Contágio). Aqui temos a ação, com titoreio, perseguição, bombas, muita gente morta, telecinese, controle mental e tal.

Enquanto tenta se salvar, elevando sua capacidade mental à 100%, antes que o efeito colateral a faça desaparecer, Lucy fornece aos espectadores explicações sobre a nossa ilusão de vida, como o tempo é o que torna real a existência, como nossos sentimentos e humanidade acabam por nos deixar cegos, perceptivamente falando. 


   


O filme é uma ficção científica, cheia de ação e efeitos especiais que costumavam ser pouco usados por Luc Besson, o mesmo diretor de O Quinto Elemento. Teve uma recepção mista da crítica, muitos alegaram que era difícil de ser compreendido e parte da comunidade científica quase teve um ataque com as teorias de capacidade cerebral. Cientificamente falando, não há nenhuma comprovação das teorias apresentadas no filme, mas até aí tudo bem, é por isso que o gênero é definido como ficção. Talvez, aquela história de percepção cega não seja tão ficcional assim. 

Eu gostei muito das questões filosóficas: o que faz de nós seres humanos, o que faz com que tenhamos obsessão por registro temporal, que a vida se resuma à transmissão de conhecimento, seja via aprendizado ou mutação em DNA. Justamente o que me fez adorar o filme, foi o que desagradou parte do público, que afirmou ser o "filme bobo, surreal, mas divertido." O que pareceu desnecessário foram as cenas de vida animal entremeadas às cenas de ação leve logo no início do filme, metaforizando 'caça-presa-predador'. Na palestra do Prof, ok, até ajudou, mas ali, no comecinho, foi bem 'encheção de linguiça'.

Enfim, eu separei algumas citações. Compartilho com vocês:






Ah, é! O filme foi transformado em graphic novel, disponível no site oficial.


E sugiro que vejam o filme com calma e com o controle remoto ao alcance para dar pausa, retornar e rever certas cenas/diálogos para entender bem o filme.

Bom proveito!

Até + ver!

Nu.


7 comentários:

  1. Olá! Assisti ao filme e bem, como ficção é ótimo. Mas achei um pouco chato, o diretor deveria explorar mais a cada evolução. Mesmo não sendo plausível que nós só usamos 10% do nosso cérebro, a ideia do filme é boa e atingiu o seu objetivo. Quando o filme acabou, fiquei pensando: Mas será que isso é verdade? E sem falar que o final estragou tudo, dou nota 6. Abraços!
    http://cafeliterari-o.blogspot.com/

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  2. Também acho que ele poderia ter explorado melhor a teoria de capacidade cerebral, mas aí o filme sairia da ficção para ser documentário. Além disso, deu maior ênfase às cenas de ação. Eu que me fixei aos monólogos filosóficos, deve ser pq estou ficando velha! Hahahaha...
    Também achei o final um tanto brochante....
    Obrigada pelo comentários! Bj-Ka! Nu.

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  3. To doida para assistir esse filme! Adorei o port.
    Beijos
    www.mundodapaula.com

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    1. Obrigada, Paula! Muito legal ter você aqui!
      Mesmo com todos os entraves discutidos no post e nos coments, ainda recomendo o filme! Divirta-se!
      bj-Ka! Nu.

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  4. Nucciaaa! Amo vc, mas tenho que discordar de que seja um bom filme!
    Eu achei o final horrendo!
    Todo aquele poder dela pra virar um pen-drive???
    hahahahahahaha
    ta otimo o seu blog!
    Beijaaaaaaao

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    1. Fala Bernardo!
      Mas foi o que eu disse: o final é brochante! E por ser tão surreal faz mesmo com que desgostemos do filme. Mas se eu relevar o final, dá pra aproveitar toda a quela coisa de pensar em ser humano...
      Obrigada por vir e por visitar o blog! um bj!
      Nu.

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  5. Dos filmes mais divertidos de ação do início ao fim. Um relógio excelente recomendação este filme já es uma uma estreia na HBO disponível . Eu a amava, Pior ser um filme com um enredo excelentemente produzida.

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