[Primeiras Impressões] - O Sol Perdido

Alou, pessoas!

Lembro de ter dito, em alguma postagem de Primeiras Impressões atrás, que eu tenho tendências ao autoricídio por ler apenas pequenas partes de obras tão bem escritas e com um enredo bem escolhido e aparentemente bem desenvolvido...

Descobri hoje que as tendências deixaram de existir. Tornaram-se fatos reais e eu serei nomeada a primeira serial killer literária! Talvez, um dia não muito distante, escrevam um livro sobre mim!! \o/

Hoje, a vítima da minha sanguinitude (esses meus neologismos me impressionam...) é o autor Luiz Henrique Mazzaron e a obra a me deixar impressionada é o seu novo livro O Sol Perdido, a ser lançado este ano pela Editora Arwen.

Vamos conhecer um pouquinho do livro que desencadeou mais esse lado sombrio em mim, obcecado com boa literatura, antes de passar às minhas opiniões:

O Sol Perdido
**obs: capa não oficial - a editora irá divulgar a capa oficial futuramente
Editora: Arwen
Gênero: Fantasia
Ano: 2016

Sinopse:

Erik é órfão e faz parte dos Raposas Prateadas, grupo de ladrões infame do Reino do Norte. Em meio à tensão política e econômica vigente no reino, decidem fazer o roubo do século. O alvo? O castelo real. Tudo parecia perfeito, mas as coisas não saem como planejado: a missão falha e o grupo de Erik é capturado. Seria o fim de todos, mas Aleshandra, rainha regente, revela que o rei Corben Leindrast desapareceu e propõe uma troca: a vida do bando pelo rei, ou simplesmente pelo anel real, indispensável para resolver a questão da sucessão do trono. Sem escolhas, Erik parte em uma jornada tortuosa pelas terras de Illusa junto aos Raposas e a escolta da revolucionária princesa Taíssa Leindrast, desbravando terras perigosas e enfrentando de mercenários a grandes dragões. Mal sabia ele que aquela aventura se desdobraria em algo muito maior e mais perigoso, que mexeria não só com suas crenças sobre aquela sociedade movida pelo poder e pela fé distorcida, mas também com seu coração solitário e com o destino de todos os povos. Intrigas, traições, um romance proibido e o despertar de um mal antigo permeiam a busca pelo rei, abrindo caminho para aquela que seria conhecida como a mais fantástica das Lendas de Illusa.

Atualização da postagem >> Dias depois que a postagem foi ao ar, a Editora Arwen liberou a capa oficial. E ficou um arraso!!!

Agora, vamos cair de... hum... vamos às Impressões!

Vou começar dizendo que não há como imaginar os cenários descritos no livro, ou os trajes, as cenas, ou ainda os próprios personagens fazendo sempre comparações com obras de teor fantástico. Esse livro me pareceu tão peculiar nesses detalhes que tentar comparar só estragava minha imaginação.

O primeiro capítulo é emoção e ação em forma de livro. Desde a primeira linha, já a um "quê" de suspense, preparando o leitor para algum acontecimento importante. E, então, o desenrolar é surpreendente. Você consegue perfeitamente estar ao lado do personagem quando ele escala muros, salta, desliza, usa o comunicador e sai vitorioso do local que invadiu, demonstrando que a narrativa é fluida e tranquila, sem ser enfadonha ou um fator propulsor de estados do sono. Pelo contrário, eu queria terminar logo.

"Uma sombra passou diante da janela do segundo andar do palacete. Uma mulher em um sofisticado vestido branco de festa. Ela parou e olhou exatamente para onde eles estavam, como se soubesse que localizavam-se ali... e de fato ela sabia, fazia parte do grupo! Logo depois, ela fechou as cortinas com um movimento determinado. Aquele era o sinal."

Todos os personagens parecem ser bem construídos e embasados. Maravilhosamente, as mulheres apresentadas nos dois primeiros capítulos não são damas chatas e enjoadas que não sabem fazer nada além de um bordado. Pelo contrário, elas são inteligentes, perspicazes e capazes de lutar com armaduras mortais enfeitiçadas.

Apesar de se tratar de um reino, com um castelo, Rei, nobreza, guarda, real, súditos plebeus, ladrões e tal, a linguagem utilizada foge dos maneirismos monárquicos dos romances de época (ainda bem!). 

"Sem pestanejar, Selen disparou pelo corredor velozmente. Assim que ficou diante da primeira armadura, o machado veio ao seu encontro. Com uma pirueta, a moça desviou da lâmina e passou a primeira série de furos na parede, que cuspiram um pegajoso líquido cor de piche."

Por ser uma história ambientada em tempo indeterminado e em local totalmente saído da mente fantasticavélica (gente... estou me superando em neologia...) do autor, ele pôde incluir aparatos geniais que auxiliam os personagens a conseguir seus intentos, sem parecer inverossímil. 

Já o segundo capítulo, além de apresentar melhor alguns dos personagens surgidos no primeiro, apresenta novos personagens e locais, com descrições ao mesmo tempo detalhadas e sucintas. Isso significa que o leitor consegue imaginar bem o que está sendo descrito, acrescentando ele mesmo detalhes aos detalhes, sem se sentir ludibriado ou perdido.

Achei a diagramação interna bem ajustada, com capítulos iniciando em uma fonte mais "medieval", mas o texto em fonte de bom tamanho (papel não dá pra dizer, né... foi leitura virtual). E nem uma vírgula, nem umazinha sequer, fora do lugar! Clap clap clap...!!!

"A Toca era uma enorme caverna localizada no subsolo do Distrito dos Vermes, longe dos olhos das autoridades. As lendas diziam que Al-Gheski, a minhoca devoradora de terras, havia sido a criadora do local. O pai de Olímpio, fundador dos Raposas Prateadas, descobriu o lugar muito tempo atrás e transformou suas rochas pontiagudas e abismos em um lar para seus seguidores. "

Gente... Desculpa, mas... se eu tenho tanta coisa a dizer de 2 capítulos, imagina como não seria a resenha completa? (entendeu, não é, Mazzaron?! Foi uma indireta diretamente direta.)

Por isso mesmo que eu vou parar de puxar o saco destilar opiniões. Todo mundo já entendeu que eu amei e que todo mundo vai amar também!

CURIOSIDADE

O livro foi escrito tendo como inspirações principais a série de games Final Fantasy, além de Game Of Thrones e O Senhor dos Anéis. Foi escrito em, aproximadamente, oito meses e tem pequenina relação com Máscara (sua outra obra), porém essa relação só fará sentido com o segundo volume de Máscara, pois o autor tentou fazer uma espécie de ponte ou interligação entre eles, como em temporadas de séries ou alguns livros de Stephen King, mas ambos são obras independentes.

E daí você que ama fantasia certamente adorou esse texto e quer saber mais...! Começa curtindo a página do livro no Facebook e lendo o 1º capítulo no Wattpad:

   

Agora, que você gamou de vez, acesse a loja da Editora Arwen e garanta seu livro físico ainda na pré-venda aberta a partir de 15/janeiro! 

Só uma dica: os compradores da pré-venda ganharão brindes colecionáveis que estão sendo divulgados na fanpage do livro!!

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Sobre o AUTOR:

Conheçam esse ser mitológico paulistano que é o autor da obra:

Estudante universitário da UFABC, Luiz Henrique Simão Mazzaron nasceu em São Bernardo do Campo, mas viveu toda sua vida em Santo André, São Paulo, com os pais, avós e um verdadeiro mini-zoológico no quintal. No ensino médio, encontrou na literatura estrangeira uma paixão e se arriscou a mergulhar nas letras. Apaixonado por livros, videogames e filmes/séries, teve seu primeiro livro lançado em 2013: 'Máscara - A vida não é um jogo', primeiro volume da série de terror Máscara. E, usando da experiência adquirida e do fascínio por RPG's, resolveu abraçar também a ficção fantástica com O Sol Perdido.

Outras obras do autor:

Máscara: a vida não é um jogo
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia / Suspense / Terror
Ano: 2013

Sinopse:
No mundo de Domus, a morte é a moeda que alimenta o jogo. E a verdade pode custar a vida. Liam é um garoto que viveu por muito tempo isolado devido aos constantes castigos do sádico tio, um carrasco ex-militar. Porém, inesperadamente, surge uma entidade maléfica, uma figura das trevas trajando uma máscara, e passa a o perseguir, levando-o a participar de um jogo num mundo surreal, chamado Domus. Junto a um grupo, Liam parte para uma experiência alucinante, em que os pecados da humanidade serão colocados em xeque, como numa espécie de julgamento. Um combate onde o principal objetivo do adversário é mostrar o quão odiosa é a raça humana… Mas ainda há muitos mistérios que rodeiam este intrincado jogo. Por qual motivo a criatura possui tamanha obsessão por ele? E vale a pena prosseguir, já que a morte é a única certeza?

E, aí, nucciamigo! 

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Obrigada por me deixar ler um pedacinho do próximo sucesso Arwen (porque todos são um sucesso mesmo...!), Luiz! Foi uma honra muito grande! Já tenho o Máscara em mãos (e espero ler no carnaval), tomara que eu também possa ler o final do livro novo!

Espero não ter te assustado! Hahahaha...

Boa leitura a todos!

Até + ver!