sexta-feira, 29 de abril de 2016

[No Umbral] [Conto] - Meu Primeiro Amor

Bem-vindos Ă  mais uma postagem da coluna "No Umbral"!


Bom encontrar vocĂªs novamente!

Perderam as postagens anteriores? SerĂ£o contos e resenhas relacionadas ao gĂªnero terror, sobrenatural e mundo gĂ³tico. Confiram minhas histĂ³rias clicando AQUI.

A histĂ³ria de hoje Ă© um conto antigo, um dos primeiros que escrevi e que foram guardados com carinho. Essa histĂ³ria ainda me toca profundamente.

Espero que vocĂªs continuem sentindo arrepios com leitura e que deixem de ser medrosos! Fiquem atentos Ă s noites nevoentas! hehe...

Eu sou Orfeu Brocco, seu anfitriĂ£o e guia, venham comigo!


Meu Primeiro Amor
por Orfeu Brocco 

Eu havia fugido de casa. Era uma noite propĂ­cia para um filme de terror e durante aquela fuga toda a inocĂªncia dos nove anos de idade iria se esvair, como as esperanças de um preso no corredor da morte.


Vestido com minhas roupas de escoteiro, mochila repleta de provisões que durariam poucas horas, eu seguia pela estrada tomada pelas nĂ©voas e as vozes em meu walkman eram o Ăºnico meio de fugir da solidĂ£o da rodovia.
Os carros por ali eram raros naquela noite e eu nĂ£o temia nenhum louco assassino naquele lugar. NinguĂ©m era insano o suficiente para encarar a nĂ©voa e a estrada deserta. Somente uma criança de coraĂ§Ă£o partido.
ApĂ³s alguns quilĂ´metros, enxerguei o primeiro vestĂ­gio de vida humana.
Aproximei-me e observei de perto, tomado de terror, fascĂ­nio e curiosidade: um caminhĂ£o, provavelmente sem controle, havia se chocado a um carro que estava completamente destruĂ­do.
Olhei dentro da cabine. O motorista do caminhĂ£o estava com um ferimento feio em sua cabeça que denunciava a sua mortandade. Dando a volta, me aproximei do carro e encontrei alguĂ©m. Presa entre as ferragens, somente com a cabeça visĂ­vel do lado de fora. Cobri minha boca espantado e quando pensei em toca-la, ela abriu os olhos.
— Me ajude! Me ajude! — pediu desesperada.
— VocĂª ainda estĂ¡ viva! Meu Deus! — berrei espantado. Ela mostrou um sorriso apagado que indicava o pouco tempo que lhe restava. Tentei acalma-la. — Eu vou pedir ajuda, moça!
— Mas, onde? É uma estrada longa e com toda essa neblina, vai ser impossĂ­vel achar alguĂ©m! — a moça tinha a face manchada de sangue, mas nem isso lhe tirava a beleza delicada de sua pele clara que era ressaltada por intensos olhos verdes e cabelos ruivos, desgrenhados naquele momento.
— NĂ£o diga isso! Eu sou um escoteiro! Nunca subestime um de nĂ³s! — disse a ela bravo por sua falta de fĂ© em mim. Era uma missĂ£o difĂ­cil, mas eu iria salva-la.
Ela riu.
— VocĂª Ă© uma gracinha! Qual seu nome? — perguntou.
— MaurĂ­cio — respondi tĂ­mido.
— Eu sou HeloĂ­sa. O que um garotinho como vocĂª faz nesta estrada deserta? —
abaixei-me e me sentei em sua frente.
— NĂ£o sou um garotinho — disse com empĂ¡fia. — Bem... Eu fugi de casa!
ApĂ³s minha segunda declaraĂ§Ă£o, percebi que havia desmentido a primeira e torci para que ela nĂ£o notasse.
Os sons da noite, acompanhados daquela terrĂ­vel brancura, traduziam todo o vazio da vida humana naquela estrada. NĂ£o havia nada ali alĂ©m dos veĂ­culos destruĂ­dos, o cadĂ¡ver de um caminhoneiro, uma moça que lutava pela vida e a mim, uma criança fugitiva que se sentia impotente. Vi sangue ser expelido apĂ³s HeloĂ­sa tossir e me desesperei.
— Eu vou te tirar daĂ­! — comecei a tentar arrancar qualquer pedaço da lataria, mas minhas mĂ£os nĂ£o eram fortes o suficiente.
— Eu tambĂ©m fugi de casa uma vez... — disse HeloĂ­sa perdendo as forças e quase partindo.
— NĂ£o, nĂ£o se vĂ¡! — amparei seu rosto pendente. — Continue a falar comigo! Por quĂª? Por que fugiu?
Ela sorriu e uma discreta lĂ¡grima escorreu pelo rosto vermelho.
— Eu estava chateada com minha mĂ£e... Havia lhe dado um presente de Dia das MĂ£es e ela pareceu nĂ£o dar a mĂ­nima.
— Sei como Ă© a indiferença tambĂ©m — naquele momento, parei de tentar arrancar a lataria e observei minhas mĂ£os que sangravam. CaĂ­ sentado e cansado.
— SĂ³ uma pessoa tola te ignoraria, vocĂª Ă© Ă³timo! — ela me fitou docemente.
— Se eu fosse tĂ£o Ă³timo assim, te tiraria daĂ­! — disse chorando.
— Acalme-se! SĂ³ fique comigo, alguĂ©m vai aparecer, vĂ£o me ajudar e te levar para casa — seu sorriso amenizou a dor de minha impotĂªncia em ajudar.
— AlguĂ©m vai te ajudar, mas nĂ£o volto para casa — abri minha mochila e retirei um cantil de Ă¡gua. — TĂ¡ com sede? — perguntei e ofereci Ă¡gua.
— Muita, estou presa aqui hĂ¡ horas — aproximei o cantil de sua boca e lhe dei de beber. A Ă¡gua parecia ter lhe renovado as forças. — Tem namorada, MaurĂ­cio? Onde vocĂª mora?
Continuei mexendo na mochila e achei uma barra de chocolate.
— Moro numa casa hĂ¡ alguns quilĂ´metros nesta rodovia — desembrulhei o chocolate e dei um pedaço em sua boca. Ela comeu com enorme voracidade, sujando minhas mĂ£os e misturando o doce ao sangue de sua face.
— Nossa! Que delĂ­cia! — ela lambeu ao redor dos lĂ¡bios. — VocĂª nĂ£o falou se tem namorada! - e sorriu.
— NĂ£o, nĂ£o tenho. NĂ£o vivem muitas meninas por aqui. Vivo com meu pai e ele passa a maior parte do tempo bĂªbado. Nem deve ter notado que fugi — sua cabeça pendeu para o lado e a amparei.
— Volte! Volte! — supliquei, ela abriu os olhos e o verde parecia se extinguir pouco a pouco.
— NĂ£o sei se consigo resistir... — ouvir HeloĂ­sa dizer aquilo acabou comigo por dentro.
— Consegue sim! Que vocĂª estava fazendo por aqui? Vamos, me conte! — comecei a procurar por algo que me ajudasse a tira-la dali.
— Eu ia visitar meu namorado... — respondeu. — Acho que o caminhoneiro dormiu no volante, mal percebi aquele monstro de metal se chocar contra meu carro.
Naquele momento tive uma ideia e atĂ© saltei. Corri atĂ© a cabine do caminhĂ£o, abri a porta e entrei. Empurrei o caminhoneiro morto para o lado.
— HelĂ´, consegue me escutar? — berrei.
— Consigo, sim, o que vai fazer?
O rĂ¡dio do caminhĂ£o ainda funcionava! Graças a meu pai, eu sabia como usar o rĂ¡dio, ele havia sido caminhoneiro, antes de mamĂ£e morrer.
— Vou pedir ajuda aqui pelo rĂ¡dio! Me conte sobre seu namorado! —
enquanto eu tentava pedir ajuda, Heloísa falava de Bruno, seu namorado engenheiro. Em meio a chiados e caminhoneiros descrentes, eu berrava por ajuda, mas ninguém acreditava em uma criança.
— NinguĂ©m virĂ¡, nĂ©? — o lĂ¡bio inferior dela tremeu.
— Com certeza alguĂ©m responderĂ¡, jĂ¡, jĂ¡! VocĂª gosta muito do Bruno ? — perguntei tentando mantĂª-la acordada. Ela tossiu.
— Que gracinha, poderia jurar que perguntou isso com ar de ciĂºme — ela pendeu o pescoço, a ajudei e acariciei seu rosto.
— NĂ£o Ă© verdade, eu sĂ³... — os olhos dela se fechavam. Eu penteava seus cabelos com as mĂ£os e a sacudia levemente para que acordasse.
— Admita, MaurĂ­cio, foi ciĂºme sim... — sussurrou com um tĂ­mido sorriso que talvez fosse um esboço de adeus. Desesperado, eu chorava.
— Sim, foi ciĂºme, sim! Foi! Fique acordada!
“Aqui Ă© o Cobra! AlguĂ©m na escuta? AlguĂ©m na escuta? Pensei ter ouvido um pedido de ajuda!”
Corri de volta ao caminhĂ£o e consegui responder ao caminhoneiro do rĂ¡dio, expliquei que havia acontecido um acidente e lhe dei as coordenadas, conforme papai havia me ensinado. Ele achou que tratava da brincadeira do filho de algum caminhoneiro, mas eu o convenci da verdade.
— HeloĂ­sa! HeloĂ­sa! Conseguimos! O Cobra vai avisar a PolĂ­cia RodoviĂ¡ria, alguĂ©m virĂ¡ nos ajudar e te tirarĂ£o daĂ­! E tem mais, eu voltarei para casa! — acariciava sua face ensanguentada, mal contendo a felicidade. Ela ergueu os olhos.
— VocĂª Ă© demais! Quando sair daqui vou embora com vocĂª — apĂ³s derramar uma lĂ¡grima, tossiu mais sangue.
— VocĂª vai comigo? Promete? — perguntei chorando.
— Prometo! — o encontro de nosso olhar parecia selar a promessa. Cansado, eu deitei ao lado das ferragens e conversamos um pouco sobre sonhos e aventuras. Nem percebi quando adormeci.
Acordei rapidamente dentro do carro de um policial rodoviĂ¡rio que decerto me levava para casa. HeloĂ­sa, mesmo ferida, estava ao meu lado, segurando a minha mĂ£o e mexendo em meu cabelo. Minha mĂ£o acariciou seu corpo ensanguentado, lacerado e macio. E nos abraçamos.
— HelĂ´... — o policial que guiava em silĂªncio olhou para trĂ¡s e depois voltou a guiar. Neste instante, ela apertou minha mĂ£o e me beijou, com lĂ­ngua e tudo. Era meu primeiro beijo. Vi seu sorriso e entĂ£o adormeci.
Acordei rapidamente mais uma vez enquanto era entregue aos braços de meu pai. Chamei pelo nome dela e senti ele me pôr na cama.
Pela manhĂ£, levantei sobressaltado. Papai me observava.
— Como estĂ¡, garotĂ£o? Meu Deus, eu estava quase morto de preocupaĂ§Ă£o! — ele me deu um forte abraço.
— Bem, onde estĂ¡ HeloĂ­sa? — perguntei.
— VocĂª foi corajoso, filhĂ£o. Mas quem Ă© HeloĂ­sa? 
— Havia uma garota no acidente, eu consegui mantĂª-la viva, conversando enquanto chamava por ajuda no rĂ¡dio. Assim como o senhor me ensinou —
Papai sorriu e me abraçou mais uma vez, bem forte, quase me esmagando.
— VocĂª Ă© meu orgulho, moleque!
— Onde ela estĂ¡, papai? — perguntei de novo.
— Deve estar no hospital sendo cuidada e deve estar muito bem. Graças a vocĂª! — ele passou suas mĂ£os trĂªmulas sobre meus cabelos. Pediu que eu ficasse quietinho e foi preparar o cafĂ© da manhĂ£ para nĂ³s dois.
Deitado em minha cama, eu me perguntava em que hospital estaria. Precisava vĂª-la, ouvi-la e senti-la. Ouvi a campainha tocar, saĂ­ de meu quarto e fui atĂ© a escada que acabava em frente Ă  porta da frente para espreitar. Era um policial.
— Como estĂ¡ seu filho? Ontem Ă  noite quando o trouxe de volta parecia muito abalado! — perguntou o homem da lei com capa de chuva.
— Ele estĂ¡ bem, mas nĂ£o Ă© Ă  toa que estava abalado, afinal ele viu um acidente na estrada e ainda ajudou uma das vĂ­timas, uma garota chamada HeloĂ­sa.
O policial se espantou:
— HeloĂ­sa? Como sabe o nome da vĂ­tima?
— Meu filho me disse. A garota conversou com ele enquanto ele a mantinha viva. Como estĂ¡ a garota? — papai acendeu um cigarro e encarou o policial.
— Ela estĂ¡ morta. VocĂªs conheciam a garota? — perguntou o homem das rodovias.
Ao ouvir o que mais temia chorei em silĂªncio e lembrei-me do rosto dela, lindo, mesmo manchado de sangue e de sua voz de soprano.
— NĂ£o conhecĂ­amos. Ela que disse a ele — papai soltou a fumaça do cigarro e eu saĂ­ de meu esconderijo, caminhando, sem ser percebido atĂ© chegar lĂ¡.
— Senhor, isto Ă© impossĂ­vel, a garota foi decapitada no momento do acidente, a cabeça solta ficou presa entre as ferragens para fora. Quando ele a encontrou obviamente jĂ¡ estava morta. O legista nos assegurou.
Tomado de fĂºria revelei minha presença:
— Mentira! Mentira! A gente conversou! O namorado dela se chama Bruno! VocĂª estĂ¡ mentindo, seu filho da puta! — papai precisou me segurar, pois eu ia chutar a canela do policial que partiu desconcertado.
Naquele mesmo dia, a notĂ­cia sobre a morte de Heloisa teve seu anĂºncio nos jornais, no qual tambĂ©m anunciaram o local de sepultamento da garota. Mesmo sem conversar sobre o que havia acontecido, papai concordou em me levar. O caixĂ£o estava fechado. ApĂ³s o termino da cerimonia, restaram somente papai, um rapaz e a mim a observar a sepultura coberta.
— Mauricio, eu vou manobrar o carro, nĂ£o demore — meu pai acendeu um cigarro e se afastou. Eu me aproximei do rapaz silencioso e perguntei:
— VocĂª era o namorado dela? O Bruno?
— Sim, eu era, como sabe? Nunca te vi antes, vocĂª Ă© primo dela? — ele perguntou surpreso.
— Eu sĂ³ sei. Ela me disse que gostava muito de vocĂª — ao ouvir minhas palavras, ele sorriu e me abraçou, depois partiu silenciosamente chorando. Lembrei-me dos lĂ¡bios dela a encontrarem os meus.
Fiquei a observar até que papai voltou.
— Vamos, filhĂ£o? — ele me chamou, corri e segurei sua mĂ£o. Retornamos ao carro e antes de partir eu olhei para o cemitĂ©rio uma Ăºltima vez e disse um adeus baixinho.
Durante a lenta viagem de volta para casa, eu comecei a pensar: se ela jĂ¡ estava morta, como pĂ´de estar no carro de polĂ­cia junto de mim? Foi entĂ£o que eu compreendi. HeloĂ­sa havia cumprido a sua promessa.
Os anos se passaram, mas nunca esqueci de sua imagem. Às vezes, ao fechar os olhos, consigo até mesmo sentir o toque dela e me lembro do gosto de seu beijo ensanguentado e sereno.




Deixem seus comentĂ¡rios. Responderei todos com muito carinho.

AtĂ© o prĂ³ximo mĂªs!

Cuidado com a passagem de volta ao Umbral!



Orfeu Brocco nasceu em UberlĂ¢ndia - MG em 1988, casado, atualmente vive em SĂ£o Paulo. Como autor, suas obras lançadas atĂ© o momento sĂ£o; "Criações Sombrias" (2014) e "Jardins Dolorosos da BabilĂ´nia (ou versos Ă¡cidos para meu amor, se vocĂª preferir)" (2014), alĂ©m do livro infantil "HĂ©lio e o menino gota" (2015), lançado pela Editora Miranda. Atualmente, desenvolve mais livros e HQs junto dos amigos.

CONTATO: broccoluiz@bol.com.br




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26 comentĂ¡rios:

  1. :o Nunca tinha livro uma histĂ³ria em primeira pessoa e que histĂ³ria Ă© essa? Estou sem saber o que falar, muito boa... ParabĂ©ns.

    JĂ¡ pensou em escrever um livro? NĂ£o sei se vocĂª jĂ¡ Ă©, mas vocĂª se sairia bem.


    Atenciosamente Um baixinho nos Livros.

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    Respostas
    1. Oi MĂ¡rcio, como vai ? Tenho livros escritos, cerca de 18 atualmente, porĂ©m sĂ³ tenho publicado um de terror de maneira independente chamado Criações sombrias que inclusive a Nu fez a resenha e esta neste blog!
      Meus lançamentos atĂ© o momento sĂ£o: Criações sombrias de terror, Jardins Dolorosos da BabilĂ´nia (tb por vias independentes) e HĂ©lio e o Menino Gota, publicado pela Editora Miranda do Rio de Janeio, este trata-se de um livro infantil lĂºdico e interativo que ensina as crianças sobre a Ă¡gua.
      Os outros 15 ainda serĂ£o publicados conforme o tempo e $ ;)
      Fico feliz que tenha gostado do conto, pessoalmente gosto muito do MaurĂ­cio (personagem principal).
      Muito obrigado por ler e pelo carinho, abraços.

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  2. Muito bom, parabĂ©ns! Fiquei atenta desde o inĂ­cio e acho isso Ă³timo. Muito sucesso!

    Carolina Gama

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  3. Nossa, adorei o conto. VocĂª tem um talento incrĂ­vel com as palavras. E por favor, continue nos apresentando mais textos de sua autoria, eu adoro essas postagens. Lhe desejo muito sucesso e Ă³timas leituras!
    beijos, Fer ♥

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  4. NĂ£o sou muito de gostar de contos, muito menos de terror, mas esse me deu um certo arrepio... rs.
    Parabéns!

    Beijos!

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    1. Oba, fico feliz pelo arrepio causado, apesar deste ser um dos mais leves que escrevi.
      Obrigado pela apreciaĂ§Ă£o, daqui uns dias o conto de Maio estarĂ¡ on, nĂ£o perca!
      Beijos com todo carinho!

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  5. Oiii, tudo bem?
    Adorei o conto, meu gĂªnero favorito Ă© de terror <3 entĂ£o amei e quero mais posts assim hahahaa
    Beijinhos

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    Respostas
    1. Oi Morgana, estou bem, obrigado por perguntar e vocĂª ?Espero que esteja bem.
      Se vocĂª gostou, fique no aguardo, daqui uns dias subiremos o conto de Maio!
      Beijos pra vocĂª tambĂ©m!

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  6. Oi.

    Parabéns pelo conto, ficou maravilhoso.
    Nuccia amei o post, vocĂªs estĂ£o de parabĂ©ns.
    Parabéns Orfeu, muito sucesso.
    Boa Noite.

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  7. Oiiii! Nossa, eu amei esse conto. Mesmo sendo triste ele foi bonito! Ela protegeu ele, foi um anjo . Ele tentando ajudar e ela ali o protegendo, fazendo ele voltar para a casa, nossa...foi surreal, amei demais! Abraços!

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  8. Eu amo horror, terror, suspense, amo de verdade! Adorei o conto, parabĂ©ns! Fico no aguardo dos prĂ³ximos :D

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  9. Oi Orfeu, tudo bem?
    Achei lindo o que ela fez, Ă© uma pena que ela nĂ£o tenha sobrevivido. Seu conto ficou Ă³timo, me prendeu a atenĂ§Ă£o atĂ© o fim, parabĂ©ns!!! Traga outros para nĂ³s conhecermos.
    beijinhos.
    cila.

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  10. Oi!!
    Parabéns pelo conto..
    vc escreve muito bem.
    bjs

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  11. OlĂ¡ Orfeu e Nu.
    Essa coluna ta show, vocĂª escreve muito bem Orfeu, confesso que nesse nĂ£o senti medo, meus olhos suaram um pouco hahaha...
    Fiquei com coraĂ§Ă£o partido pela moça e pelo menino, talvez tenha mexido comigo por ter perdido uma amiga assim anos atrĂ¡s :/

    Abraço, continue escrevendo!!

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  12. Eu gostei da sua escrita, mas confesso que o gĂªnero nĂ£o faz muito o meu estilo como leitora. Tenho preferĂªncia por histĂ³rias com uma pegada mais leve, menos sombria.

    http://laoliphant.com.br/

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  13. Adorei o conto!
    Apesar de jĂ¡ ter mais ou menos sacado qual seria o desfecho por conta das vezes que o menino a via com a cabeça pendendo, ainda assim ele prendeu minha atenĂ§Ă£o do inĂ­cio ao fim. Muito boa a escrita! ParabĂ©ns :)

    Beijos,
    Kemmy - Duas Leitoras

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  14. Oie
    muuuito legal seu conto e instigante haha adoro o gĂªnero, gostei tambĂ©m por ser rĂ¡pido e mesmo assim envolvente, parabĂ©ns

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  15. oi ^^
    eu amo contos e adorei esse, apesar de estar lendo isso as 2 da manhĂ£ e morrendo de medo kk Seguindo o Coelho Branco

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  16. Adorei o conto, muito bem escrito e estruturado além de prender o leitor do começo ao fim.

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  17. adorei o conto, tirando que estou lendo a noite e sozinha eu gostei bastante porém creio que vou dormir de luz acesa kkkk

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  18. Muito bom!!! Escrita instigante e dinĂ¢mica, meus parabĂ©ns, quero acompanhar os demais! Bjs

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  19. Muito bom o conto, parabĂ©ns! Apesar de haver fantasmas e decapitaĂ§Ă£o, achei que pensei bem mais para o romance do que para o terror. Achei fofo. đŸ˜‰

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  20. Oiie Orfeu,eu adorei o conto, mesmo eu sendo uma medrosa de mĂ£o cheia rsrs. Gosto muito dos seus textos, e da sua escrita dinĂ¢mica/inteligente. Vou aguardar os prĂ³ximos com aquela pitadinha de medo e muita ansiedade rs ParabĂ©ns!!!

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  21. OlĂ¡!
    Meus parabĂ©ns pelo conto, estĂ¡ realmente Ă³timo. Me prender do começo ao fim de uma maneira que eu nĂ£o esperava.

    Abraços
    http://ummundochamadolivros.blogspot.com.br/

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  22. Esse è o gĂªnero de leitura que eu mais amo na vida!!! Adorei muito esse conto que foi bem escrito e bem elaborado. E claro de arrepiar!
    Parabéns
    Camila

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  23. Oi Orfeu!
    Acho que esse foi o primeiro beijo mais sinistro da histĂ³ria da literatura! kkkkk
    Gostei muito do conto e confesso que senti um certo medinho... deu até arrepios!
    Bjs!

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Seja legal: aumente nosso ego deixando seu comentĂ¡rio!
Mas, ei! Cuidado aĂ­! Sem comentĂ¡rios ofensivos!
Um imenso obrigado de todos nĂ³s!

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