terça-feira, 31 de janeiro de 2017

[Na Cena do Crime] Resenha [livro] - Mémorias de um Vendedor de Mulheres, de Giogio Falleti

Olá pessoas! Tudo bem? 

Espero que sim. 


Quero convidá-los a chegar mais perto e analisar todos os vestígios deixados Na Cena do Crime que há em Memórias de um Vendedor de Mulheres, do Giogio Falleti.

Eu sou a Priscila, a colaboradora armada! ;)




Memórias de um vendedor de mulheres
Autor: Giorgio Faletti
Editora: Intrínseca
Gênero: ficção
Ano: 2012
288 p.


Sinopse:
1978. Enquanto a Itália vive os dramáticos dias do sequestro do seu ex-primeiro-ministro Aldo Moro, Milão, esgotada pelos confrontos políticos e ameaçada pela criminalidade, prepara-se para se entregar aos prazeres excessivos dos anos 1980. Para a rica sociedade milanesa, que passa os verões em Santa Margherita e Paraggi, as diversões se tornam cada vez mais extremas, em um clima de fim de império.
É nesse ambiente que são conduzidos os negócios de um homem enigmático e fascinante, vítima de uma mutilação causada por sua insolência. Todos o conhecem como Bravo. Ele trabalha com mulheres. Vendendo-as. Sua existência é uma longa noite em claro partilhada com desesperados. O único ser humano com quem parece ter uma relação normal é Lúcio, seu vizinho cego. Em comum, eles têm a paixão pelos criptogramas.
O surgimento repentino de uma garota, Carla, torna a despertar em Bravo sensações que ele acreditava adormecidas para sempre. Na verdade, este é o início de um pesadelo que o transformará em um homem procurado pela polícia, pelo serviço secreto, pelo crime organizado e pelos militantes das Brigadas Vermelhas. Para se salvar, ele poderá contar apenas consigo mesmo. O mundo real exige sua presença e o põe diante da violência do seu tempo. Trata-se de algo tão sinistro que faz seus tráficos torpes parecerem puros como água cristalina.



Comprei esse livro na Bienal do RJ em 2015 e o deixei de molho na estante. Recentemente, folheando alguns livros para decidir qual seria a leitura da vez, o peguei. 

Fui arrebatada na primeira página, na verdade na primeira linha.

"Eu me chamo Bravo e não tenho pau." 

Eu sei, joguei sujo com esse quote. Mas, tenho certeza que consegui meu objetivo, não tenho dúvidas de que você também quer saber: Como assim, Bial? É dessa forma brilhante que Giorgio Falleti prende o leitor.

O autor nos apresenta um personagem principal cheio de mistérios. Ninguém sabe suas origens, seu nome verdadeiro, nem seus métodos para ganhar a vida. Além do precioso detalhe de sua mutilação.

O livro é narrado em primeira pessoa, Bravo conta para nós suas histórias, memórias como sugere o título. E aos poucos, entre fatos do passado e do presente, vamos criando intimidade com o personagem e conhecendo todos os detalhes, muitos deles sórdidos, de sua vida. E nos surpreendendo a cada página.




Todos os personagens que permeiam a história deixam sua marca. São extremamente bem definidos em suas características, fluidos. Nada é por acaso ou acidental. Todos os detalhes são importantes.

O Livro aborda inicialmente o sequestro do ex-primeiro Ministro Italiano Aldo Moro pelo grupo de guerrilheiros Brigadas Vermelhas, na época o país passava por um período de conflitos onde a máfia e a política equilibravam o clima sempre na iminência do caos. Esse fato é verídico. 

Nesse período era muito comum que a alta sociedade desfrutasse dos prazeres da noite sem reservas. Os cassinos, restaurantes, bares e cabarés, não necessariamente nessa ordem, garantiam essa diversão. O autor inseriu então, Bravo nesse contexto. O meio perfeito para um homem misterioso conduzir negócios escusos.

"Tudo começou quando entendi que havia mulheres dispostas a vender o próprio corpo para conseguir dinheiro e percebi que havia homens dispostos a gastar o próprio dinheiro para ter aqueles corpos. É necessário avidez, rancor e cinismo para ficar no meio dessa troca. Eu tinha os três."

Bravo encontra sucesso em suas atividades até dar de cara com Carla. Uma mulher estonteante, do tipo em que os homes pagam, e caro, para tê-la em suas camas, e disposta a ganhar uma grana extra se prostituindo. A combinação perfeita, pelo menos é nisso que Bravo acredita, inicialmente. Bravo a contrata, e ela desperta o que ele acreditava que já não havia mais em si. De repente ele é arrastado em uma enxurrada de acontecimentos.

Em meios a mentiras, intrigas e conspirações Bravo dependerá de toda a sua astucia e inteligência para escapar ileso. Como se não bastasse, o passado bate à sua porta e ele é obrigado a encarar de frente tudo aquilo que se empenhou em fugir.

Giorgio nos presenteia com um belo livro, uma história extremamente bem estruturada, onde todas as arestas são aparadas. Prendi o fôlego em diversos momentos, me surpreendi e me choquei em outros tantos, a leitura foi muito prazerosa, a ponto de desejar reiniciá-la logo após o término.


"Sempre substituí o medo de não fazer mais pela esperança de fazer novamente."


Sobre O AUTOR:

Giorgio Faletti foi escritor italiano, ator, comediante, além de cantor e compositor. publicou Nienti di vero tranne gli occhi (the Killer in my eyes), Io uccido (Eu mato!), Fuori da un evidente destino, Pochi inutili nascondigli, Appunti di un venditore di donne (Memórias de um vendedor de mulheres) e Io sono Dio (I am God) - todos, best-sellers. Suas obras foram traduzidas para 25 línguas Começou a compor e a cantar no Festival de Música de San Remo, e atuou em comédias como Notte Prima degli esami. Entusiasmado torcedor do Juventus, residiu na ilha de Elba até julho de 2014, quando faleceu.



Espero que tenham gostado e aguçado a curiosidade de vocês. 

Beijos e até a próxima!




Priscila Ferreira, pernambucana. Leitora compulsiva e amante do gênero policial, tem mania de ler a última página primeiro. Extremamente competitiva, decidiu cumprir um desafio e escrever um livro, seu primeiro Romance - Um Encontro Fatal. Atualmente mora em uma belíssima praia do litoral sul de Pernambuco com esposo e filha.

CONTATO >> priscillaufrpe@hotmail.com




6 comentários:

  1. Nossa deu vontade de ler o livro. Nunca tinha entrado aqui antes, mas quero estar olhando sempre. Descobri mais um talento seu Pri rsrs, me fez querer ler esse livro que me parece ser bem interessante. E só pra falar que comecei a amar o gênero policial graças ao livro Um Encontro Fatal.

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    1. Rê <3
      O livro é muitooo bom! leia e comente comigo depois ;)
      Ainnnnnnn meu coração saltou aqui <3 <3 Logo logo lançarei mais um romance policial. Cruzar os dedos para que faça tanto sucesso quanto Um Encontro Fatal.

      Obrigada pela visita, venha mais vezes. O blog está recheado de coisas boas *-*

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  2. Olá, eu também fui fisgada na primeira frase do livro. Essa é uma pegada genial do autor. Depois de ler isso não dá mais pra parar. Adoro os livros dele, pena que só existem três publicados no Brasil e não teremos novidades já que ele se foi. Gostei da sua resenha.
    Marilda.

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    1. Oi Marilda!

      O livro é viciante! Amei! Já inserir os outros títulos na minha meta de leitura...
      Em breve contarei as experiências aqui.
      Beijos!

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  3. Oie, Pris.
    Lembro de quando vc me mostrou a primeira frase do livro, fiquei chocada e corri para ler. Realmente o livro é viciante e muito bem escrito. Com certeza eu também recomendo.
    Beijokas!

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    1. Né Lucy?
      Com certeza está na lista dos bons livros :D

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