quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Resenha [livro] - O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry


Bom dia, leitores!

Antes que 2017 acabe de vez, vamos fechar as resenhas e cumprir as metas!!

Vem dar uma conferida nas minhas impressões do livro O Pequeno Príncipe, o clássico escrito por Antoine de Saint-Exupéry, cuja edição que possuo foi publicada pela Universo dos Livros Editora!


Sobre o LIVRO:

O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Universo dos Livros
Gênero: infantil / juvenil / drama / clássico
Ano: 2015
96 p.

Sinopse:
Livro de criança? Com certeza. Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes? Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas? O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.


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*Livro do acervo pessoal do/a blogueiro/a*


Eu me recordo, em minha infância, de ter assistido a um desenho animado sobre O Pequeno Príncipe no canal de TV SBT. Recordo-me de ter lido vários textos em livros didáticos de literatura sobre a história na adolescência. Mas, inacreditavelmente, ainda não tinha lido o livro, a história original.

Aí, na Bienal RJ 2015, a UDL estava lançando uma nova edição, com ilustração nova e um preço maravilhoso. Não pensei duas vezes para comprar, mas, infelizmente, a vida de blogueira/escritora/cientista/bailarina me fez empurrar a leitura várias vezes. Além disso, quando comecei a ler, o livro me fez lembrar muito uma pessoa da qual eu morria de saudade e com a qual eu estava ligeiramente brigada. Porém, tudo passa, e finalmente eu completei a leitura!


Posso dizer que fiquei espantada com a história. Não pelo conteúdo, por causa do impacto. A dualidade entre adulto e criança, a simplicidade entre uma dúvida e uma certeza, a mudança que começa de dentro pra fora e que nos deixa saudosos quando vemos que não acontece de fora pra dentro.

"Não se pode ir muito longe quando se segue sempre em linha reta..."

Lembrei de ser criança, de ser curiosa, de querer aprender como tudo funcionava, como eram os nomes de todos os bichos e quem escolhia os nomes das coisas. Lembrei de como alguns adultos não entendiam porque eu queria saber tanto.

O Pequeno Príncipe narra a história de um Príncipe que vive em um planeta só dele. Um planeta tão pequeno que possui apenas 3 vulcões, um deles inativo ou extinto, mas muito bem limpo, pois do futuro ninguém sabe. Também existe apenas uma rosa, sua melhor amiga, apesar de um tanto confusa, e é possível ver o pôr-do-sol várias vezes em um dia.


Mas o Príncipe era curioso e queria conhecer novos lugares, fazer novos amigos. Saiu então de planeta em planeta, conhecendo adultos muito estranhos até cair na terra e se deparar com o nosso narrador, um piloto de avião perdido no deserto.

"Não fui capaz de entender nada! Deveria tê-la julgado pelos seus atos e não pelas suas palavras. Ela me envolvia em seu perfume e me oferecia seu brilho. Eu jamais deveria ter fugido! Deveria ter sentido sua ternura por detrás dos seus fracos artifícios. As flores são contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber como amá-la."

O Príncipe decide contar ao piloto suas viagens, a amiga que deixou em seu  planeta e os amigos que fez durante sua estadia na Terra. E se despede, pois toda viagem tem um fim.

Confesso: eu chorei. Pois é, mais um livro pra parca galeria de livros que me fizeram verter lágrimas. Esse é o... sexto, sétimo? Por aí. Chorei pelo amor do garoto, pela sua curiosidade nata, pela partida. Descobri que tenho amigos Rosa e amigos Raposa. E que não faz a menor diferença o tipo de amigos que são, pois todos são importantes.


Chorei por ter perdido, em algum ponto da vida, essa vontade louca de sair elo mundo fazendo amigos. Envelheci, tornei-me um dos adultos chatos e esquisitos. Contudo, a criança dentro de mim grita: "não desista!" E agora? Eu vou manter meus vulcões limpos para quando eu puder me aventurar.

"(...) Por que você fala sempre através de enigmas? / Eu soluciono todos eles - disse a serpente."

A edição da UDL é um amor. As tais ilustrações são as originais do autor, o texto está na íntegra, sem cortes. Perfeito.


Achei extremamente intrigante o fato do autor ter escrito/publicado esse livro exato 1 ano antes antes de desaparecer junto com seu avião. Muito sinistra essa "coincidência".

No mais, quem ainda não conhece a obra, está perdendo uma excelente leitura. Deixem a sua criança viajar!



Sobre o AUTOR:

Antoine de Saint-Exupéry foi um escritor e aviador francês, nascido em Lyon em 29 de junho de 1900. É famoso pela autoria de O Pequeno Príncipe, publicado originalmente em 1943, nos EUA. Dentre suas outras obras, figuram Voo Noturno, de 1931, e Terra dos Homens, de 1939. Em 1921, iniciou sua carreira no serviço militar e exerceu a função de piloto, destacando-se como um dos pioneiros na aviação postal internacional. De 1944 data a última notícia que se teve de Exupéry e de seu avião, desaparecidos durante uma missão de coleta de informações sobre os movimentos das tropas alemãs no Mar Mediterrâneo, durante a Segunda Guerra Mundial.


Livro lindo! Nem tem mais o que acrescentar!

Que 2018 seja leve a todos!

Até + ver!

Nuccia De Cicco é bióloga, Doutora em Bioquímica, escritora, poetisa, bailarina e blogueira. Carioca de paixão de Santa Teresa, é apaixonada por livros, seriados, tatuagens e lambidas caninas, além de ter uma queda saudável por cafajestes. Surda desde os 27 anos, é co-autora em treze antologias e publicou o livro “Pérolas da minha surdez”, uma obra sobre luta e força de vontade. Todas as suas facetas são mostradas no blog “As 1001 Nuccias”. Nele, a literatura impera!

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