terça-feira, 12 de abril de 2022

Resenha [livro] - Não Esqueça, de Carol Façanha


Olá, nucciamigos!
Que tal uma resenha de livro nacional agora?

E é uma distopia porreta! Vem comigo saber tudo sobre o livro NÃO ESQUEÇA, escrito e publicado pela Carol Façanha.


SOBRE O LIVRO


Não Esqueça
Autora: Carol Façanha
Editora: Independente
Gênero: distopia, cyberpunk
Ano: 2020
234 p.

Sinopse:
Vencedor do Prêmio Le Blanc 2021 (UFRJ/UVA) - Melhor Romance

No último quarto do corredor da C.O.R.P.U.S. (Controle da Ordem e Reparo do Passado para Uso da Sociedade), Pandora é desperta zerada, sendo notificada pelo Instituto da sua escolha de apagar todas suas lembranças pela chance de renascer. Mas a calma cirúrgica que experimenta entre as paredes da Corpus se estilhaça quando um inesperado aliado lhe dá a chave para escapar das garras do Instituto e retornar ao seio da resistência. Lá, será informada que não apenas sua memória foi tomada contra a sua vontade, como que era uma das mais dissonantes vozes dos anticorpus, a autoproclamada Aletheia. Agora, entre desvendar as dobras do seu passado sombrio e se readaptar aos núcleo da resistência, Pandora desconfia que há um agente duplo infiltrado entre eles. Encurralada em meio a uma teia de intrigas e alianças, ela terá de aprender rápido em quem pode confiar e quem é seu verdadeiro inimigo.

Não esqueça: ninguém é quem diz ser.
A começar por você.


*Livro do acervo pessoal da blogueira*


*RESUMO DA HISTÓRIA*

A história se passa em uma São Paulo futurista distópica, na qual é possível escolher perder todas as suas lembrança para que possa "viver em paz", sem a pressão do luto.

É dessa forma que a narrativa começa, com Pandora despertando no Instituto Corpus, totalmente zerada de memórias. Quando um desconhecido invade o local e lhe mostra uma saída, Pandroa tem a chance de conhecer Alethéia, a sede da resistência, do grupo que busca manter a história viva através das lembranças dos vivos.

Enquanto busca lembrar de si mesma, Pandora percebe que há um agente duplo em Alethéia e que ninguém é confiável, ninguém é quem diz ser. Nem mesmo seu amor. Nem mesmo sua família.

"Eu sou minhas memórias e não há vergonha nenhuma nisso. Eu sou o que aconteceu."


*O QUE EU ACHEI*

Primeira distopia duplamente brasileira que leio. Escrita por autora nacional (oi, @autoracarolfacanha, sua linda) e que se passa no Brésel. E vou te contar: que distopia!!

Filosoficamente, eu amo essa discussão sobre o quão importante nossas lembranças, nossas memórias são para a construção da nossa personalidade, de quem somos. Pense: você seria esse de hoje se suas decisões de antes fossem diferentes? Se o que fizeram com você acontecesse de outro modo? Se as memórias que carrega fossem outras? Ainda seria VOCÊ, como você é hoje? E é justamente disso que o livro fala, como as memórias importam, como são valiosas e o impacto de perdê-las.

O livro também fala sobre lealdade, sobre experimentação com humanos, sobre indivudialismo e coletivismo. E eu vou parar pra não soltar spoiler sem querer.

Só posso dizer que gostei da leitura, tem bastante ação, tem reviravoltas supreendentes e tem aquelas traições horríveis. Quem ama um sci-fi distópico tá perdendo. Corre pra ler!

"Se você não tem lado nenhum, é provável que esteja no seu. Mas saiba que neutralidade não existe, você precisa tomar uma posição."

SOBRE A AUTORA

Carol Façanha tem 27 anos, é escritora e doutoranda de literatura de língua inglesa na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Participa como Escritora Integrante da Primeira Sala de Storytellers WolfPack, comandada pelo autor de terror nacional, André Vianco. Em seus livros e em sua pesquisa, pensa e investiga sobre armadilhas simbólicas em personagens femininos através de releituras de obras clássicas ou pesquisando os gêneros da Poética Gótica e da Distopia Contemporânea. Quando não está escrevendo, Caroline gosta de ver séries que depois nega ter assistido e fazer misturas imprudentes na cozinha. Se ela te oferecer alguma coisa, não prove. É sério.



Em breve outra resenha.

Agora, conta pra mim: tem alguma distopia que você leu e queira indicar? Conhece outras distopias nacionais?

Até + ver,

Nu.

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