quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

[No Umbral] [Conto] - As quatro virtudes cardinais


Saudações visitantes do Umbral!

Por um curto perĂ­odo, esta passagem esteve fechada e eu, seu guardiĂ£o, preso dentro destes domĂ­nios sombrios, a lidar com as manifestações oriundas destes caminhos tortuosos!

Mas, mesmo num Reino onde existem caminhos sombrios, para se encontrar Ă© preciso de um facho de luz e este trouxe-me de volta e ainda ostento as chaves do Umbral.

Hoje, os labirintos nos levarĂ£o a uma passagem amplamente conhecida por cada um de nĂ³s: a realidade. Ao adentrar por esta porta, nĂ£o encontrarĂ¡s o terror em forma de fantasmas, vampiros, ou quaisquer criaturas sombrias, mas sim dentro dos mais sombrios dos seres que jĂ¡ pisaram nesta Terra: a humanidade.

Eu, Orfeu Brocco, seu anfitriĂ£o e guia, peço-te licença para tomar as rĂ©deas desta viagem e mostrar que dentro de cada um de nĂ³s existe a vingança, a insanidade e o extremismo, e para chegar a estes sentimentos tĂ£o malĂ©volos basta Ă s vezes um pĂ©ssimo dia.




As quatro virtudes cardinais
(por Orfeu Brocco)

“Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas.”
(ConfĂºcio)


Dezembro de 2017, Centro da Cidade de SĂ£o Paulo.


Nestes dias que antecipam o Natal, registra-se um fato bem curioso a respeito da megalĂ³pole. Qualquer um que jĂ¡ tenha pisado sobre as ruas ambĂ­guas e avistado prĂ©dios cinzentos, ocupações, sem tetos e paulistanos apressados pode notar com tamanha exatidĂ£o a incongruĂªncia do clima, ora chuvoso, ora quente, ora frio. Para um tĂ­pico morador da cidade jĂ¡ Ă© um fato sacramentado: sempre acontece a chuva na noite de Natal, talvez para amenizar o coraĂ§Ă£o, colorir a paisagem ou atĂ© mesmo levar embora o estigma dos pecados e lembrar, em meio Ă s luzes que decoram os edifĂ­cios, que neste dia celebra-se a serenidade do nascimento do Redentor.

Serena caminhava a lentos passos enquanto observava as diversas colagens nos muros da Avenida SĂ£o JoĂ£o. Distrai-se de sua dor, fitando com apatia os cartazes que contradiziam um ao outro: “Socialistas unidos contra o golpe”, “ Frente de apoio contra Ă  expansĂ£o comunista”, “Nova juventude integralista”, “SĂ£o Paulo Ă© meu paĂ­s” e por fim, “ Mais amor, por favor!”.


Durante os dias que antecediam o Natal, Serena era sempre tomada por uma tremenda vontade de desaparecer. A celebraĂ§Ă£o fazia emergir os terrores de um abuso sofrido por um colega do curso de Enfermagem; o fato Ă© que o canalha havia sido apanhado, devidamente preso, mas cumprira parte da pena em prisĂ£o especial, devido ao seu outro curso universitĂ¡rio e depois do intervalo curto de 3 anos, jĂ¡ estava Ă  solta novamente. Algumas vezes, quando ia ao Centro durante suas caminhadas a procura de sebos e livrarias, chegava a vĂª-lo deslizando ladinamente pelas ruas. NĂ£o era total paranoia, Marcelo vivia em HigienĂ³polis.

Perdida em seu devaneio, Serena, que havia parado e encostara a testa na parede de uma antiga lavanderia, respirou fundo e nĂ£o percebeu que estava sendo observada. Recobrou seu fĂ´lego e entrou pela porta de um prĂ©dio velho logo apĂ³s a lavanderia, cujas paredes chapiscadas anunciavam o porto seguro do Sebo do Alonso, um simpĂ¡tico boliviano, letrado e gentil.

— Buenas, Serena! — Alonso acenou e a moça de olhar tĂ­mido e emoldurado pelas lentes garrafais, cujos cabelos finos, longos e escuros repartidos pareciam as cortinas de um espetĂ¡culo simplista, exibiu um sorriso ao dono do sebo. — La reunion das leitoras de drama serĂ¡ no terceiro piso, mas creio que saiba disto, Ă© Ă¡vida frequentadora de nuestro grupo no Facebook. Aceitas um cafĂ©?


O cafĂ© foi entregue pela mĂ£o esquerda do boliviano de cabelos longos e brancos, presos com um elĂ¡stico, enquanto a direita exibia um exemplar de "Luna Caliente", de Mempo Giardinelli, autor que outrora viveu longe da pĂ¡tria argentina por conta de perseguiĂ§Ă£o sofrida pelo regime militar dos hermanos. 

Serena “matou” o pequeno copo de cafĂ© e começou a subir a primeira escada. Foi tomada por uma sensaĂ§Ă£o incĂ´moda. O primeiro piso, dedicado Ă s leituras de literatura estrangeira latina, parecia deveras lĂºgubre. Foi quando avistou o misterioso homem, de quem jamais se esqueceria, prĂ³ximo a uma estante empoeirada. Tinha aproximadamente 1,70 m de altura, era branco, olhos escuros, olhar sĂ©rio e com caracterĂ­sticas andrĂ³ginas que sĂ³ nĂ£o enganavam quanto ao seu gĂªnero devido ao cabelo curto e Ă s mĂ£os grandes e fortes, apesar da magreza. 

Ele encarou Serena por um instante e voltou a ler. O coraĂ§Ă£o da garota parou por um segundo e sĂ³ voltou a bater quando ela continuou a subida para o segundo andar que abrigava os autores europeus e americanos, alĂ©m dos livros de ciĂªncias esotĂ©ricas. A evidente bagunça do lugar empoeirado e desorganizado pareceu amenizar o coraĂ§Ă£o palpitante e enfim ela subiu ao terceiro andar, preparado de modo a abrigar grupos de discussĂ£o, saraus e demais eventos. Diferente dos andares anteriores, era previamente organizado com prateleiras repletas de filmes em VHS, DVD's e objetos relacionados a mĂºsicas com CD's, fitas cassetes e pĂ´steres de diversos artistas. PrĂ³ximo Ă  janela, haviam mesas e cadeiras na cor branca, tal como a parede do andar.


Na noite anterior ...

Dentro de um enorme galpĂ£o na Zona Leste de SĂ£o Paulo prĂ³ximo a Avenida Aricanduva em direĂ§Ă£o a SĂ£o Matheus, um homem caminhava para o subsolo. O barulho de seus passos descendo a escada fez com que se iniciasse um alvoroço de gritos e lamentos. Assoviando delicadamente a Oitava Sinfonia de Beethoven,  ouvia seus prisioneiros pedirem piedade. 

Quando chegou ao fim da escada, observou a marca de seu sapato no chĂ£o Ăºmido de concreto e em seguida as mini-celas onde os prisioneiros estavam confinados. Pareciam celas de roedores para seres humanos, os incautos precisavam ficar ajoelhados. Tal como ratos de estimaĂ§Ă£o, a comida lhes era servida em bacias e lĂ¡ mesmo, dentro da mini-cela, faziam suas necessidades, sendo depois limpas pelo sequestrador.

— NĂ£o, nĂ£o, deixa eu sair! Deixa eu sair! Eu sou inocente! NĂ£o sou igual esses monstros, nĂ£o! Eu fui absolvido, caralho! — o pequeno homem na cela da direita, cheio de ferimentos no rosto e marcas de queimaduras no corpo nu, bateu a cabeça na grade. — Seu doente, filho da puta! — começou a chorar e ganir como um cĂ£o.

O homem dirigiu-se a uma vitrola sobre uma prateleira ao lado da escada e a ligou. Com as mĂ£os, acompanhou o ritmo celestial da Nona Sinfonia de Beethoven enquanto caminhava atĂ© uma mesa do lado oposto do aposento, pegando um estranho aparelho em forma de bastĂ£o. Lentamente, ao retornar para a cela do mesmo homem de antes, que ainda gania, percebeu o olhar deste se levantar.

— NĂ£o fui eu que matei meu filho, porra! Foi a mĂ£e dele! Foi a mĂ£e dele! — mas a declaraĂ§Ă£o de nada serviu para amenizar o que aconteceria em seguida.

O homem aproximou o bastĂ£o da cela e uma corrente de energia começou a faiscar da ponta. Ao encostar o bastĂ£o na cela, o corpo do homem começou a se debater em pĂ¢nico, convulsionando e ao terminar a eletrocussĂ£o, subiu-lhe Ă s narinas o cheiro de carne queimada. Com o detento desfalecido, o homem abriu a cela e puxou o corpo para fora, fez a assepsia de sempre e algemou o condenado. A despeito de sua aparente pouca força fĂ­sica, levantou o eletrocutado e o sentou em uma cadeira de madeira, atando-lhe os pulsos, enquanto os outros assistiam, gemendo e chorando naquele antro de lĂ¡grimas.


O homem pegou um balde com a urina do prĂ³prio condenado e arremessou o lĂ­quido no rosto dele, fazendo-o quase se afogar. Desesperado, o condenado acordou.

— Saudações, Lauro. Vamos conversar sobre seu crime. — anunciou o torturador, sentando Ă  frente do acusado. Notava-se nas mĂ£os do anjo da morte uma caixa de papelĂ£o fechada de tamanho mediano. — Quer dizer que vocĂª sabia do plano para matar seu enteado e ficar com o seguro, nĂ£o Ă©?

— Ai, meu Deus, me perdoa, me perdoa. — Lauro chorou piedosamente enquanto pensava no menino que havia sido arremessado da janela do 13º andar.

— Deus nĂ£o estĂ¡ aqui neste momento, Lauro, somente eu. Antes que eu use algum brinquedo para castra-lo, sugiro que seja bem sincero quanto a sua participaĂ§Ă£o. Acredito que vocĂª nĂ£o pretenda ter filhos, afinal foi um pĂ©ssimo padrasto. Apesar disso, nada me impede de pensar eloquentemente nesta proposiĂ§Ă£o.

Lauro berrou desesperado.

— NĂ£o! Pelo amor de qualquer coisa que vocĂª ame! Faz isso nĂ£o! Eu vou falar, eu vou, faz isso nĂ£o, cara! Foi a LĂ­gia, ela afundou na pedra e torrou toda nossa propriedade, eu estava na mesma situaĂ§Ă£o. Ela que jogou o menino e fez todo o esquema, eu sĂ³ ajudei a forjar a queda, eu sĂ³ ajudei porque a amava muito e porque estava afundado na pedra!

— Eu sou o Anjo da Justiça. Eu os observei, vi vocĂª ser solto apĂ³s pouco tempo e vi o induto de Natal de sua mulher sair. Consegui monitorar suas correspondĂªncias e vi que, apesar do lamaçal que a mulher te arrastou, ainda nutre sentimentos por ela. Para pĂ´r em prĂ¡tica a justiça que mereces, eu tenho algo para vocĂª nesta caixa.

O autoproclamado anjo abriu a caixa que estava em seu colo. Um fedor horrendo exalou pelo ar. Em seguida, ele colocou a caixa sobre o colo de Lauro. Ao olhar para dentro, viu o macabro conteĂºdo: a cabeça decapitada da sua mulher. O anjo retirou a cabeça e sem cerimonia a aproximou do rosto de Lauro. Com nojo, ele virou a face. Enraivecido, o torturador segurou a cabeça pelos cabelos com a mĂ£o direta e com a mĂ£o esquerda pegou a arma de choque, aproximando-a do Ă³rgĂ£o genital do condenado.

— NĂ£o, nĂ£o, nĂ£o! — Lauro chorou quando sentiu a proximidade da ferramenta de tortura desenvolvida pelo prĂ³prio inquisidor.

— Vamos, Lauro, se vocĂª a ama, beije-a ou explodo seus testĂ­culos! Beije-a, afinal, como diria um poeta: "o verdadeiro amor se estende mesmo mediante a morte!"

O prĂ³ximo berro do condenado foi seguido pelo silĂªncio de um beijo.


De volta ao presente dia ...

A reuniĂ£o do Clube de Leitoras havia terminado. Serena, tomada de ardor e felicidade, arrumava o local apĂ³s a partida das colegas. Mal percebeu quando um conhecido subiu as escadas e a encarou cheio de Ă³dio. Ao se deparar com os olhos de seu abusador, sentiu o mais terrĂ­vel medo de sua vida, deixou a vassoura cair e permaneceu emudecida. Era Marcelo.

— Sua piranha, tem muita coragem de andar pelo Centro depois do que me fez! Depois da sua mentira, achou que eu nunca iria cobrar? — Marcelo adiantou-se em poucos passos, enquanto Serena andava para trĂ¡s. — Veio com aquela conversa de abuso, toda arrependida sĂ³ porque nĂ£o quis dar, depois de ter me atiçado. O foda Ă© que todo mundo sabe que vocĂª Ă© meio deprĂª, nĂ£o Ă©? Sempre foi. Acho que ninguĂ©m iria estranhar se vocĂª resolvesse engolir veneno de rato...

O covarde tirou do bolso um vidrinho e sacudiu um pouco, fazendo o conteĂºdo chacoalhar.

Serena percebeu-se pressionada contra a parede. Marcelo, se aproximou rapidamente, segurou seu queixo, forçando-a a abrir sua boca. Serena resistia e lutava para gritar, mas estava emudecida de medo. Um segundo mais e os olhos dela se encontraram com os do homem  sinistro que viu no primeiro andar. Silenciosamente e sorrateiro, ele estava bem atrĂ¡s de Marcelo. O homem abriu os braços e, sem o intimidador perceber, bateu bem forte as mĂ£os sobre os ouvidos dele, fazendo-o gemer de dor e cair de joelhos.

— Creio que vossas atitudes errĂ´neas sejam prenuncio de sua queda, meu caro. — A voz do homem sussurrada parecia a voz de um anjo. Naquele momento, era o anjo salvador de Serena. 

— NĂ£o te acanhes, nĂ£o vos farei mal, minha cara. NĂ£o posso dizer o mesmo sobre este patife. — Falava como se fosse o personagem de um livro antigo, um cavalheiro.

Serena correu para o outro lado e quase desceu as escadas, porĂ©m reteve-se. Marcelo tentou levantar, contudo o homem, que parecia saber alguma arte marcial, o golpeou no pescoço e em seguida, enquanto segurava seu rosto, apertou-lhe o olho com o polegar. Alonso devia estar entretido com o walkman, pois nĂ£o parecia ter ouvido o desespero de Marcelo.

O estranho salvador tomou em mĂ£os o veneno e o abriu. Serena dirigiu-lhe um um olhar suplicante. O homem entĂ£o despejou o veneno no chĂ£o, arrastou Marcelo, puxando-o pelo queixo e o jogou escadas abaixo. Quando deu por si, Marcelo conseguiu se levantar e saiu em disparada pela avenida atĂ© sumir no meio dos passantes.

Serena viu o homem jogar o frasco no lixo. Em seu rosto, havia alĂ­vio e gratidĂ£o, apesar do medo. O homem lhe estendeu a mĂ£o.

— Meu nome Ă© Miguel, creio que estejas bem. Cheguei a tempo de evitar uma tragĂ©dia, desconfiei do homem ao vĂª-lo subir as escadas em direĂ§Ă£o a uma reuniĂ£o de moças. Parecia enfurecido, entĂ£o tomei a precauĂ§Ă£o de ir ao encalço e me certificar do bem de todas.

— Eu sou a Serena. — Ela respondeu timidamente.

Sem perceber, começaram a conversar sobre livros, como se o incidente nĂ£o tivesse ocorrido. Pareceu haver entre eles um elo, uma ligaĂ§Ă£o, apesar de toda doçura de Serena em relaĂ§Ă£o a força bruta de Miguel. Falaram sobre DostoiĂ©vski, Fernando Pessoa, entre outros autores.


SaĂ­ram do sebo e caminharam atĂ© uma lanchonete para um cafĂ© onde sentiram o cair da noite. Pareciam Ă­ntimos. Ao contrĂ¡rio do que Serena esperava, Miguel nĂ£o pediu o telefone dela — o qual ela prontamente daria, estava fascinada — e agiu como um verdadeiro cavalheiro, acompanhando-a atĂ© o ponto de Ă´nibus.

— Sinto um sentimento muito peculiar sobre vocĂª, Ă© como se viesse de uma tragĂ©dia, como se fosse um sobrevivente, um guerreiro. — disse e sorriu. Ă€ moda antiga, mesmo que ele nĂ£o tenha pedido, ela deu a ele o nĂºmero de seu telefone rabiscado sobre um pedaço de papel.

— Como diria Dostoievski: "acontecem certos encontros com pessoas que desconhecemos inteiramente, com quem começamos a nos interessar Ă  primeira vista, como que de repente, sĂºbito, antes que articulemos uma palavra". — Miguel sorriu e apĂ³s guardar o telefone de Serena a viu partir dentro do Ă´nibus para o bairro Morro Doce.

Um sorriso macabro brotou no rosto de Miguel. Por sorte, havia visto a participaĂ§Ă£o de Serena no grupo do Facebook daquele sebo que sempre frequentava. Era intrigante como, usando um perfil numa rede social, as pessoas comentavam sobre suas tragĂ©dias e particularidades.

Miguel viu o relato de Serena em um grupo sobre vĂ­timas de abuso e se compadeceu. Iria se aproximar de qualquer maneira para tentar achar o abusador e fazer justiça com as prĂ³prias mĂ£os. Teve mais sorte ainda diante daquela coincidĂªncia incrĂ­vel: o monstro decidiu ir ao encalço dela e por azar o encontrou.

Infelizmente para lidar com monstros era necessĂ¡rio um pouco de austeridade. Seria fĂ¡cil achar agora o paradeiro de Marcelo com as poucas informações passadas pela garota. Justiça e vingança eram a mesma coisa, a grande diferença Ă© que para ele a Justiça era burocrĂ¡tica e podia ser interpretada, mas a vingança... 

Ah, nĂ£o, a vingança Ă© tĂ£o sincera!

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*Imagens de domĂ­nio pĂºblico, retiradas da internet e editadas para a coluna. NĂ£o sĂ£o exclusividade nossa.


Caras leitoras e leitores, espero que tenham gostado do conto. Dependendo de vossas avaliações, uma segunda parte pode ser considerada.

VocĂªs podem conferir todos os textos da coluna No Umbral publicados no blog >> Acesse aqui!

Aguardando as sinceras opiniões. Cuidado ao voltarem para o mundo real! 

AtĂ© a vista e assim fecha-se a passagem para o Umbral!




Orfeu Brocco nasceu em UberlĂ¢ndia - MG em 1988, casado, atualmente vive em SĂ£o Paulo. Como autor, suas obras lançadas atĂ© o momento sĂ£o; "Criações Sombrias" (2014) e "Jardins Dolorosos da BabilĂ´nia (ou versos Ă¡cidos para meu amor, se vocĂª preferir)" (2014), alĂ©m do livro infantil "HĂ©lio e o menino gota" (2015), lançado pela Editora Miranda. Atualmente, desenvolve mais livros e HQs junto dos amigos.

CONTATO: broccoluiz@bol.com.br




10 comentĂ¡rios:

  1. OiĂª! Eu tambĂ©m achei o conto bem forte, nĂ£o Ă© algo que eu leia com frequĂªncia. Mas, fiquei curiosa a respeito desse Miguel e leria uma sequĂªncia.
    Arrasou!

    BeijĂ£o

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    Respostas
    1. Isabela , tudo bem ?
      HaverĂ¡ sim a sequĂªncia do conto, pode deixar, hĂ¡ muito a contar sobre o Miguel ainda, tentei nĂ£o deixar muito pesado, mas que causa-se um pouco de desconforto, um modo de trabalhar o assunto do extremismo que anda se mostrando mais em nossa sociedade.
      Fico feliz que tenha gostado! Obrigado, Isabela!

      BeijĂ£o tambĂ©m!

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  2. Interessante a ideia do conto mas Ă© um que eu deixarei passar, nĂ£o me vejo lendo tal histĂ³ria. Mas para quem gosta Ă© um prato cheio de diversĂ£o.

    Abraços.

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    Respostas
    1. Oi Karine, obrigado por sua opiniĂ£o e por ter lido!
      Grande abraço também!

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  3. Oi GĂ©ssica, obrigado por ler e postar sua opiniĂ£o!
    Tentou pesquisar sobre As quatro virtudes cardinais ? É algo bem interessante.
    Grande abraço!

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  4. Eu estou tentando fazer com que as palavras venham, mas a verdade Ă© que eu estou um bocadinho sem palavras diante de tudo isso que eu li.
    Eu nĂ£o estou sabendo lidar... NĂ£o estou mesmo. rsrs
    Meus sentimentos se misturaram... Eu senti repulsa e também fiquei interessada nas habilidades do Miguel, se é que me entende. Rsrs
    E eu tambĂ©m fiquei confusa porque de fato esse nĂ£o Ă© o estilo de conto que eu curto, mas eu fiquei querendo ler mais e estou boba comigo mesma por ter gostado.
    Gostei das referĂªncias literĂ¡rias de peso como DostoiĂ©vski e Fernando Pessoa.
    O fato do ambiente ser uma biblioteca também foi bem bacana!
    Me lembrou muito o caso do psicopata “Chico Picadinho” que Ă© amante das histĂ³rias de DostoiĂ©vski e considerava o cara um deus.
    Gostei demais da explicaĂ§Ă£o que antecede o conto e o estilo de escrita do autor.
    Sucesso!

    Eliziane Dias

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  5. Oiie
    Uau, que conto profundo e intenso. Adorei! Adoro enredos que envolvam vingança, parabéns pelo post.
    Bjos, Bya! đŸ’‹

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  6. Oie
    parabéns pela escrita, muito legal o modo que vc conduz o conto, espero poder ler mais por aqui, mega impressionante

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

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  7. meus parabĂ©ns ao autor pela escrita. o conto Ă© bem envolvente e e nos deixa curiosos por uma continuaĂ§Ă£o... bacana a ideia da coluna :D
    bjs...

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  8. OlĂ¡,
    Bem intenso o texto, gostei bastante do conto.
    Continue escrevendo e aprimorando!

    Debyh
    Eu Insisto

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Seja legal: aumente nosso ego deixando seu comentĂ¡rio!
Mas, ei! Cuidado aĂ­! Sem comentĂ¡rios ofensivos!
Um imenso obrigado de todos nĂ³s!

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