Iei, pessoas!
Que tal mais uma resenha de conto?
O conto da vez é um drama realista Vítima da Sociedade, escrito pelo nosso parceiro Dan Folter, publicado na Amazon.
Venham conferir!
Sobre o LIVRO:
Autor: Dan Folter
Edição: Amazon
Edição: Amazon
Gênero: drama
Ano: 2017
7 p.
Sinopse:
Quando tudo que recebemos do próximo é piedade, é chegada a hora de tomar medidas extremas.
*Obra cedida pelo autor no formato digital para resenha referente a parceria 2016/2017.
As opiniões são exclusivamente nossas. Não houve nenhum tipo de intervenção em nossos comentários.*
Somos todos cultural e historicamente condicionados a evitar pessoas com deficiência. Não olhar muito, não encarar, não perguntar nada, ignorar a presença, fingir que não há desconforto, fingir que não há uma pessoa ali.
Vítima da Sociedade começa com nossa personagem principal em um julgamento. Seu advogado tenta convencer o júri do seu pretenso vitimismo. A personagem faz questão de dizer que de vítima não tem nada.
E, então, decide narrar sua história de vida para esclarecer, corroborar parte da argumentação do advogado e refutar todo o resto. Ela começa contando como começou sua deficiência na infância, passa pela escola, por episódios de bullying, da mãe tentando ampara-lo. E daí segue até a fase adulta.
Narra algumas das explanações do advogado, que além da deficiência enfoca a pobreza da personagem como mais um motivo para ser vítima e não a acusada no processo.
Não vou entrar em detalhes para não sair metralhando spoiler na galera. Basta saber que a personagem tem deficiência
O conto é curto, mas muito bem fomentado. Gostei da narrativa em primeira pessoa, da voz que a personagem tem durante toda a explicação. Ela passa aquela força, aquele "tchans" que nos deixa bem claro que a questão de "vítima" é só estratégia mesmo.
Gostei muito do final! Foi de certa forma inesperado. Veja, nossa personagem tem deficiência e se mete numa enrascada de propósito junto com uns amigos. E ela já começa a narrativa no meio do processo, portanto sabemos que a enrascada deu ruim.
O interessante é que o rim acabou sendo bom para a personagem. Ela vê que a justiça foi feita, mas não pelo sistema jurídico ou pelo seguro ou qualquer sistema social. Ela crê que a justiça foi feita por si mesma. E que agora poderá desfrutar calmamente de tudo que o sistema carcerário oferece a presos com deficiência.
Eu já li outros contos do autor e este foi o melhor deles. Os outros não são ruins! Eita!! São ótimos, mas esse tem aquela identificação, sabe? E o final, com esse feeling, me ganhou fácil.
Nem vi erros de revisão. A leitura foi ótima! A capa ficou muito legal, combina com o conteúdo perfeitamente. Aos leitores que curtem histórias curtas, mais do que recomendado! É uma boa para conhecer a escrita do Dan também!
Vítima da Sociedade começa com nossa personagem principal em um julgamento. Seu advogado tenta convencer o júri do seu pretenso vitimismo. A personagem faz questão de dizer que de vítima não tem nada.
"Ao contrário do júri, das testemunhas, do magistrado e da plateia, aquele bando de hipócritas, eu sei exatamente o que fiz. E porque fiz."
E, então, decide narrar sua história de vida para esclarecer, corroborar parte da argumentação do advogado e refutar todo o resto. Ela começa contando como começou sua deficiência na infância, passa pela escola, por episódios de bullying, da mãe tentando ampara-lo. E daí segue até a fase adulta.
Narra algumas das explanações do advogado, que além da deficiência enfoca a pobreza da personagem como mais um motivo para ser vítima e não a acusada no processo.
Não vou entrar em detalhes para não sair metralhando spoiler na galera. Basta saber que a personagem tem deficiência
"O que nem os mais pessimistas imaginariam é que, de vez em quando, alguma coisa sai errado com esses produtos. Algum idiota economiza uns trocados aqui, uma refrigeração ineficiente acolá, e voilá! Alguém se transforma em estatística."
O conto é curto, mas muito bem fomentado. Gostei da narrativa em primeira pessoa, da voz que a personagem tem durante toda a explicação. Ela passa aquela força, aquele "tchans" que nos deixa bem claro que a questão de "vítima" é só estratégia mesmo.
Gostei muito do final! Foi de certa forma inesperado. Veja, nossa personagem tem deficiência e se mete numa enrascada de propósito junto com uns amigos. E ela já começa a narrativa no meio do processo, portanto sabemos que a enrascada deu ruim.
"Se a palavra deficiente o incomoda, tente não lembrar da parte do pobre."
O interessante é que o rim acabou sendo bom para a personagem. Ela vê que a justiça foi feita, mas não pelo sistema jurídico ou pelo seguro ou qualquer sistema social. Ela crê que a justiça foi feita por si mesma. E que agora poderá desfrutar calmamente de tudo que o sistema carcerário oferece a presos com deficiência.
Eu já li outros contos do autor e este foi o melhor deles. Os outros não são ruins! Eita!! São ótimos, mas esse tem aquela identificação, sabe? E o final, com esse feeling, me ganhou fácil.
Nem vi erros de revisão. A leitura foi ótima! A capa ficou muito legal, combina com o conteúdo perfeitamente. Aos leitores que curtem histórias curtas, mais do que recomendado! É uma boa para conhecer a escrita do Dan também!
"Os deficientes podem não ter direitos nesse país, mas os detentos têm..."
Sobre o AUTOR:
Dan Folter nasceu em São Paulo num sábado, pouco antes do carnaval de 1979 e, de lá pra cá, vem se esforçando para tornar o mundo um lugar menos entediante. Rasgou a garganta antes dos dois, foi mudo, fanho e finalmente, um tagarela. Técnico em eletrônica e analista de sistemas, está cursando letras para deixar esse mundo de exatas para trás. A literatura é só uma de suas muitas paixões como a fórmula 1, Led Zeppelin, cachorros, seus amigos mercenários e sua esposa Fernanda.
Agradeço ao Dan pela oportunidade de ler mais uma de suas obras!
Aos leitores, confiram a leitura, é bem legal mesmo!
Aos leitores, confiram a leitura, é bem legal mesmo!
Até + ver!
Nuccia De Cicco é bióloga, Doutora em Bioquímica, escritora, poetisa, bailarina e blogueira. Carioca de paixão de Santa Teresa, é apaixonada por livros, seriados, tatuagens e lambidas caninas, além de ter uma queda saudável por cafajestes. Surda desde os 27 anos, é co-autora em nove antologias e publicou o livro “Pérolas da minha surdez”, uma obra sobre luta e força de vontade. Todas as suas facetas são mostradas no blog “As 1001 Nuccias”. Nele, a literatura impera!
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