quinta-feira, 12 de julho de 2018

Resenha [livro] - A menina mais fria de Coldtown, de Holly Black


Bom dia, nucciamigos!

Depois de muito tempo sem uma resenha aleatória, fora de desafios, eis que trago a vocês um livro sanguinário!

A menina mais fria de Coldtown foi escrito por Holly Black e publicado aqui no Brasil pela Novo Conceito Editora. Vem dar uma espiada na resenha do livro!


Sobre o LIVRO:

A menina mais fria de Coldtown
Autora: Holly Black
Tradutora: Ana Death Duarte
Editora: Novo Conceito
Gênero: juvenil / terror / drama
Ano: 2014
384 p.

Sinopse:
No mundo de Tana existem cidades rodeadas por muros são as Coldtowns. Nelas, monstros que vivem no isolamento e seres humanos ocupam o mesmo espaço, em um decadente e sangrento embate entre predadores e presas. Depois que você ultrapassa os portões de uma Coldtown, nunca mais consegue sair. Em uma manhã, depois de uma festa banal, Tana acorda rodeada por cadáveres. Os outros sobreviventes do massacre são o seu insuportavelmente doce ex-namorado que foi infectado e que, portanto, representa uma ameaça e um rapaz misterioso que carrega um segredo terrível. Atormentada e determinada, Tana entra em uma corrida contra o relógio para salvar o seu pequeno grupo com o único recurso que ela conhece: atravessando o coração perverso e luxuoso da própria Coldtown. A Menina Mais Fria de Coldtown, da aclamada Holly Black, é uma história única sobre fúria e vingança, culpa e horror, amor e ódio.

*Livro do acervo pessoal do/a blogueiro/a*





Houve um tempo em que vampiros eram apenas ficção. O mundo não sabia de sua existência real. Até Caspar Morales. Quando o vampiro Caspar decidiu não matar suas vítimas, por puro desejo romântico, o mundo foi obrigado a mudar e com isso surgiram as Coldtowns.

Coldtowns são centros urbanos que foram confinados e isolados por grandes muralhas. Todos os vampiros ou humanos infectados eram esquecidos lá dentro. Muitas vezes as pessoas se dispunham a ir por vontade própria pelo glamour, pela vontade se se infectar, pelo perigo, pelo vício em ser blogstar. E cada Coldtown é 'governada' pelo vampiro mais... famoso.

"Todas as pessoas infectadas e vampiros capturados eram enviados a Coldtowns, e humanos doentes, tristes ou iludidos iram voluntariamente. Esses lugares supostamente deveriam ser uma festa constante, de livre acesso pelo preço do sangue. Porém, uma vez que as pessoas estivessem lá dentro, humanos - até mesmo crianças bebês nascidos na Coldtown - não tinham permissão para sair de lá."


Este é o mundo em que Tana, uma jovem adolescente, se encontra. Em seu passado, a lembrança que a faz temer uma infecção. Em seu presente, uma carnificina. Ela acorda dentro de uma banheira, totalmente desnorteada, sem lembrar bem como foi parar lá. Recorda-se de ir a uma festa na casa de um amigo e de evitar seu ex-namorado. Andando pela casa, não encontra ninguém até chegar na sala de estar. Alguém esquecera uma janela aberta. E todos os seus amigos de escola se foram.

Sem saber se os intrusos estavam na casa (o que era bem provável, já que o dia estava a pino lá fora), Tana, o mais silenciosamente que consegue, sai a cta de sua bolsa e das chaves do carro. Em um quarto do segundo andar, encontra seu ex, Aidan, amarrado sobre a cama e aos pés dessa, um outro garoto, de olhos vermelhos, faminto, que de "garoto" não tinha nada.

Começa então uma longa jornada a Springfield, a Coldtown mais próxima de onde estavam e a maior do país. A ideia era deixar seu ex, infectado, e Gavriel, o vampiro que é um dos mais antigos existentes, por lá. No caminho, encontram 2 irmãos, Winter e Midnight, que querem entrar na cidade gelada a qualquer custo. Possuem um videoblog e fazem vídeos ao vivo o tempo todo, sobre vampirismo em especial.

"Era a primeira vez que ele a chamava pelo nome, e o som de seu nome na boca do vampiro, pronunciado com o estranho sotaque dele, tornava-o estranho."

A aventura não acaba quando eles entram em Coldtown. Aliás, o perigo só aumenta e os problemas aparecem em sequência. Tana acaba por ferir o ego do vampirão comandante de Springfield, Lucian. E com isso alguns segredos de Gavriel vêm a tona.

Bem... eu gostei da história, apesar de ela ter demorado um pouco pra engatar no começo. A fuga da garota da casa com o infectado e seu amigo novo foi algo que se estendeu por uns bons 4 capítulos, pois a autora foi entremeando presente e passado. A coisa esquenta quando eles finalmente pegam a estrada, mas o quente mesmo é em Coldtown, óbvio.

Particularmente, gostei dos vampiros Gavriel e Lucian. Holly soube dar a eles uma boa dose de maldade e sanguinolência. Também gostei do destino dado aos vários personagens secundários que foram surgindo. Deixa bem claro que lidar com perigo tem lá suas adversidades.

"O vampiro puxou a cabeça para trás, com os olhos cerrados, as presas vermelhas, e a boca aberta em um largo sorriso. Então, seus olhos realmente se abriram, brilhantes como tochas, e ela foi cambaleando para trás, aterrorizada. O corpo de Adam caiu dos braços dele no chão."

Achei bacana a visão que ela mostrou sobre o espetáculo de canais na internet, o perigo da glamourização para quem assiste de fora. Foi uma boa crítica. Particularmente, gostei do final que ela deu a Tana, ou melhor, que nós damos. É um final em aberto, o leitor é quem vai decidir o destino da garota. A autora apenas dá a deixa.

A edição está bacana, tem imagens internas condizentes. Engraçado que quando eu vi o título e a capa, não esperava um enredo sobre vampiros, apesar do "frio" estar um tanto relacionado. Sei lá, achei que seria um outro tipo de fantasia. Talvez se houvesse alguma gota de sangue naquela mão e/ou pulso... Enfim.

Eu recomendo a leitura, claro. Fãs de vampiros malévolos e pouco brilhantes vão se deliciar se conseguirem passar batidos pelo excesso de melindragem juvenil. São muitos jovens e muito cabeças-dura, ou seja, fazem muita merda sem pensar. Vale a leitura inclusive para quem está começando no esquema agora. Eu fui de curiosa e gostei.



Sobre a AUTORA:

Holly Black é uma escritora norte-americana que mora em West Long Beach, New Jersey. Ela ficou mundialmente famosa após escrever a série de livros As Crônicas de Spiderwick. Holly Black é uma grande colecionadora de livros raros de folclore. Em seus primeiros anos de vida ela morou em uma mansão abandonada em estilo vitoriano com sua mãe, que contava a ela várias estórias de fantasmas e fadas. Seu primeiro livro, Tithe: A Modern Faerie Tale, foi muito bem recebido pela crítica e foi publicado no outono de 2002. A escritora só viria a ficar famosa um pouco mais tarde, com o lançamento do livro As Crônicas de Spiderwick: O Guia de Campo, primeiro livro da série As Crônicas de Spiderwick.



É isso!

Eu gostei muito da leitura, tanto que não consigo colocar o livro pra troca ou venda. Talvez depois de ler mais umas 2x... ;)

E vocês? Gostaram? Me contem!

Até + ver!

Um comentário:

  1. Ooii! Eu sempre achei a capa desse livro bem bacana, agora com sua resenha até fiquei mais animada em dar uma chance à história e ler ☺ Os Delírios Literários de Lex

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